Nuno Melo, Luís Montenegro e Gonçalo da Câmara Pereira no anúncio do regresso da Aliança Democrática em janeiro de 2024.
Nuno Melo, Luís Montenegro e Gonçalo da Câmara Pereira no anúncio do regresso da Aliança Democrática em janeiro de 2024.FOTO: André Rolo / Global Imagens

PPM promete avançar com providência cautelar para impedir PSD e CDS de utilizarem o nome Aliança Democrática

PPM diz sentir-se "gravemente" lesado "pela utilização abusiva dessa designação" por parte dos partido que formam o governo.
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O Partido Popular Monárquico (PPM) emitiu esta quinta-feira um comunicado no qual dá conta de que está a preparar "uma providência cautelar para impedir a continuação da utilização da designação Aliança Democrática (AD) por parte da coligação PSD/CDS-PP, nas plataformas institucionais e de comunicação".

"O PPM constatou também que se mantêm as páginas e sites na internet de divulgação da AD, agora sem referência ao PPM. Se a situação se mantiver até ao início da próxima semana, o PPM informa que requererá uma providência cautelar na medida em que nos sentimos gravemente lesados pela utilização abusiva dessa designação por parte dos dois partidos já referidos. Ao contrário do que referiu Hugo Soares, o PSD e o CDS-PP não são AD. São outra coisa e já foram outras coisas ao longo do tempo. A AD é a coligação PSD. CDS-PP. PPM", avisou o partido, numa nota assinada pelo secretário-geral Paulo Estêvão.

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O PPM, na resposta às declarações desta quarta-feira do Secretário-Geral do PSD, Hugo Soares, lembra que, "nas negociações prévias à formalização de uma nova coligação nacional entre o PSD, o CDS-PP e o PPM, que se revelaram infrutíferas, o PPM advertiu o PSD, em comunicação interna, que estava em condições de registar a marca eleitoral 'Aliança Democrática', com outra força partidária, antes de o PSD e o CDS-PP o fazerem". "Conta a primeira anotação e por isso o simples registo prévio do PPM impediria o PSD e o CDS-PP de o fazerem posteriormente", avisam os monárquicos, que entendem que Hugo Soares "marimbou-se para a ética".

"Comprometemo-nos a não fazer o registo cautelar por razões éticas, que é algo que todas as pessoas e instituições de bem devem ter em conta. A 'Aliança Democrática' é um património comum de três partidos e só deve ser utilizado pelos três em simultâneo. O PPM cumpriu o seu compromisso. Não aceitará que o PSD e o CDS-PP não cumpram o seu", prossegue o partido de Gonçalo da Câmara Pereira.

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O PPM recorda que "Passos Coelho, em 2015, perante a oposição do PPM à utilização da designação 'Aliança Democrática' para identificar uma coligação constituída apenas pelo PSD e pelo CDS-PP, optou por chamar à coligação 'Portugal à Frente'". "Espera-se que Luís Montenegro tenha o mesmo sentido ético que teve Passos Coelho", acrescenta.

"Estamos empenhados em defender o nosso património histórico, custe o que custar. Vamos empreender todas as ações legais necessárias e vamos mesmo preparar ações políticas e cívicas permanentes de protesto ao longo da pré-campanha e campanha eleitoral se o PSD e o CDS-PP persistirem no uso abusivo da 'Aliança Democrática' e da 'AD'. Somos diferentes e temos um património político na AD (nomeadamente a criação das reservas agrícola e ecológica), e por isso é que fomos o primeiro partido a contestar a recente alteração à 'Lei dos Solos', mesmo integrando a AD", concluem os monárquicos.

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