Novo veículo da Autoeuropa foi conseguido nos últimos seis meses, garante fonte governamental
O novo automóvel elétrico que vai ser construído na Autoeuropa foi assegurado pelo atual Governo, em articulação com a Aicep, disse ao DN fonte do Ministério da Economia, reagindo às afirmações de Pedro Nuno Santos.
O líder do PS afirmou hoje na BTL que os grandes projetos que foram anunciados pelo ministro da Economia, Pedro Reis, foram preparados pelo anterior Executivo. "No que diz respeito ao novo modelo elétrico da Volkswagen e à fábrica de baterias elétricas, não é obra deste Governo nem deste primeiro-ministro, é do anterior", afirmou Pedro Nuno Santos aos jornalistas, à margem da feira de turismo BTL, que decorre por estes dias na antiga FIL, em Lisboa. Acrescentou que "aquilo que este Governo tem para apresentar de bom hoje é aquilo que já estava há um ano".
Questionada sobre estas declarações, fonte do Ministério da Economia garantiu ao DN que o novo modelo da Autoeuropa foi negociado nos últimos seis meses, tanto com a administração da fábrica de Palmela como com a gestão da Volkswagen, na Alemanha. As declarações do diretor geral da Autoeuropa, que agradeceu publicamente o contributo do altual Governo no anúncio da decisão, comprovam este facto, defendeu a mesma fonte.
Fábrica de baterias da Calb aguardava aprovação por Bruxelas
O outro projeto emblemático referido por Pedro Nuno Santos foi o da construção de uma fábrica de baterias para veículos elétricos do grupo chinês Calb. De acordo com a mesma fonte, quando o Governo tomou posse, no ano passado, faltava a aprovação em sede de cabimentação orçamental do regime de incentivos (RCM49) bem como aprovação do Regime de Apoio ao Investimento pela Comissão Europeia, algo que foi conseguido pelo atual Executivo.
Outro argumento que o Ministério liderado por Pedro Reis esgrime é o do volume de investimento contratualizado pela Aicep, com um total de 420 milhões de euros, contra 41 em 2023 e apenas 12 no ano anterior. E, adiantou a mesma fonte, o Banco Português de Fomento (BPF) conseguiu contratualizar em Bruxelas, junto do InvestEU, uma linha de 3,6 mil milhões de euros. Foi também com o atual Executivo que o BPF apresentou uma candidatura de 6,5 mil milhões de euros ao programa FEI InvestEU.