João Tilly
João TillyRui Manuel Fonseca/Global Imagens

Novo bate-boca com o Chega na AR: "Afinal, somos um país de alunos com deficiência ou de alunos normais?"

Deputado João Tilly negou a falta de professores e disse que a educação especial não devia ser mais especial nas políticas do que o ensino para os alunos a que chama de “normais”.
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O ensino especial provocou mais um bate-boca a envolver o Chega na Assembleia da República.

O Bloco de Esquerda alertou esta quarta-feira, através da deputada Joana Mortágua, para o problema da falta de meios financeiros e humanos para acompanhar os alunos com necessidades especiais educativas.

“A generalidade dos agrupamentos considera que eles são insuficientes, os agrupamentos pedem mais professores de educação especial, mas os seus pedidos não são atendidos. Se a criança se mover numa cadeira de rodas, são os degraus que estão a mais e não a criança. Se a criança é cega, tem de haver livros em braille; se a criança é surda, intérpretes de língua gestual têm de entrar em cena”, afirmou.

Já o Chega, através do deputado João Tilly, que negou a falta de professores e defendeu que a educação especial não devia ser mais especial nas políticas do que o ensino para os alunos a que chama de “normais”.

“Centenas de professores de todas as áreas foram a correr tirar essa especialização – acho que era nove meses na altura – para arranjar emprego nas escolas, porque havia sempre emprego garantido nas escolas para a educação especial, sempre. O ensino especial é importante, mas o ensino geral é muito mais importante. E esse está esquecido e ignorado. Afinal, somos um país de alunos com deficiência ou somos um país de alunos normais?”, questionou.

As declarações de João Tilly foram consideradas “inadmissíveis” pelo Movimento Cidadão Diferente, que acusa, em declarações à SIC Notícias, o deputado do Chega de insensibilidade e desconhecimento sobre as dificuldades vividas pelos alunos com deficiência.

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