Luís Montenegro, primeiro-ministro
Luís Montenegro, primeiro-ministroANDRÉ KOSTERS/LUSA

Montenegro diz que é "falso" que tenha contas bancárias escondidas e que cliente da Spinumviva financiou PSD

O primeiro-ministro reagiu às notícias que dizem que ocultou várias contas bancárias do Tribunal Constitucional e que o PSD terá sido financiado por uma empresa que é cliente da Spinumviva.
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Luís Montenegro diz que as notícias que saíram nos últimos dias que o envolvem correspondem a "desinformação e manipulação de factos, muitas vezes perfeitamente normais e banais".

"Há dois órgãos de comunicação social em particular que têm sido reincidentes e têm um padrão de apresentação de notícias que depois têm tido como consequência que todos os demais órgãos de comunicação social, os agentes políticos e mediáticos, são induzidos em erro e reproduzem títulos de notícias que são absolutamente falsos", disse o primeiro-ministro ao início da tarde.

Montenegro referia-se ao Correio da Manhã, que na edição deste sábado diz que o primeiro-ministro escondeu várias contas bancárias do Tribunal Constitucional, e ao semanário Expresso, que ontem noticiou que o maior cliente da sua empresa, a Spinumviva, está entre os principais doadores do PSD.

"Ontem o Expresso apresentou um título segundo o qual um cliente da Spinumviva estava no topo dos financiadores do PSD. É falso. É simplesmente falso", disse Montenegro. "Não há nenhum cliente dessa empresa que seja financiador do PSD. Aliás, não há nenhuma empresa que financie o PSD. É proibido por lei às empresas financiar os partidos políticos e o PSD cumpre a lei", sublinhou.

"Há cidadãos, individualmente, que fazem donativos aos partidos políticos, pequenos donativos, que no caso do PSD são sempre registados de forma transparente, de forma legal", acrescentou.

"É possível que alguns deles tenham relações familiares com dirigentes partidários e até com titulares de responsabilidades empresariais, mas fazer qualquer associação com o presidente do partido, que não tem nada a ver com isso, nem sequer intervém nesse assunto, com a empresa que criou e que é hoje dos seus filhos, é simplesmente manipulação", acusou.

Sobre a notícia avançada este sábado pelo Correio da Manhã, de que escondeu várias contas bancárias do Tribunal Constitucional e que o Ministério Público lhe pediu informações adicionais, Luís Montenegro explica-se: "É falso. Ao longo dos últimos 25 anos, eu tenho, nas minhas declarações junto do Tribunal Constitucional feito sempre menção das minhas contas bancárias. E tenho feito menção de acordo com aquilo que é o preenchimento das respetivas declarações".

Admite que lhe "foram pedidos esclarecimentos adicionais precisamente na sequência de uma notícia do Correio da Manhã", e que "esses esclarecimentos foram prestados e o caso ficou encerrado".

Em causa, segundo o primeiro-ministro, estão três contas: "São as contas bancárias à ordem da minha vida. Uma tem 37 anos, outra tem 26 anos, outra tem 16 anos. É simplesmente adulterar o teor daquilo que foi a prestação de esclarecimentos banal".

Luís Montenegro diz que "há uma centralização da atenção na prestação de esclarecimentos sobre a minha pessoa e sobre o Partido Social Democrata quando todos os demais agentes políticos e partidos políticos o fazem. Porque é que só o primeiro-ministro e só o PSD é que são alvo deste tipo de apreciação, deste tipo de associação", questionou.

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