O primeiro-ministro alertou esta terça-feira, 2 de dezembro, que o país não irá sair do "rame-rame" se não avançar agora com as alterações à legislação laboral, aproveitando a "boa condição" está a viver.“Temos de aproveitar agora que estamos numa boa condição. Não é quando estivermos numa situação de crise que nós vamos mexer nas estruturas da nossa economia para depois a tornar mais produtiva e rentável”, disse Luís Montenegro, perante uma plateia de empresários na abertura do Millennium Portugal Exportador, que está a decorrer no Europarque, em Santa Maria da Feira, considerando que Portugal tem diante de si "um conjunto de oportunidades significativas".Montenegro disse que o Governo está a atuar num "triângulo de intervenção", que junta a fiscalidade, o combate à burocracia e a flexibilidade da legislação laboral, que deverá produzir “um efeito ainda mais virtuoso na economia, na vida das empresas, na vida do sistema financeiro”.“Se não o fizermos, não vamos sair do rame-rame. E nós não queremos um Portugal do rame-rame. Nós queremos um Portugal pujante. Nós queremos um Portugal com um ciclo que seja de pujança económica, que seja de pujança duradoura, que seja de facto um ciclo que fixe as pessoas e que torne as empresas competitivas para poderem ganhar e fidelizar os seus mercados”, concluiu.O primeiro-ministro disse ainda que quer “menos impostos, mais simplificação, menos complexidade” e uma legislação laboral mais flexível para “potenciar ao nível máximo a capacidade da empresa”, defendendo que é preciso uma contribuição da parte dos trabalhadores para que a sua relação mais flexível com a entidade empregadora seja um estímulo para que "a capacidade produtiva e a capacidade de rentabilidade sejam também maiores, e os salários possam crescer"."Nós não queremos projetos bloqueados no crescimento, nós não queremos salários baixos, nós não queremos que toda a gente esteja no limiar do salário mínimo. Pelo contrário, nós queremos que as pessoas possam ambicionar ganhar mais, possam crescer, e para isso temos de ter uma economia que duplique aquilo que está a crescer neste momento, que passe dos 2% para os 3% e depois dos 3% para os 3,5% e dos 3,5% para os 4%", afirmou..Greve geral: Trabalhadores da Autoeuropa aprovaram moção contra pacote laboral do Governo .Governo rejeita que alterações à lei laboral facilitem despedimentos