Montenegro diz não ter "medo de nada" e que foi o primeiro-ministro "mais escrutinado de sempre"
Luís Montenegro afirmou esta sexta-feira que foi o primeiro-ministro "mais escrutinado de sempre", mas garante nada ter a temer.
"Não tenho medo de nada. Tenho a experiência do maior escrutínio a que a democracia portuguesa já assistiu. Até acho uma certa graça que haja alguns responsáveis políticos a exigirem ao primeiro-ministro, que foi o mais escrutinado de sempre, mais transparência, quando eles próprios deviam aplicar essa transparência a si", disse aos jornalistas à margem da apresentação do Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050, em Vila Real.
Sobre o peso que o Caso Spinumviva poderá ter nas eleições legislativas de 18 de maio, o ainda líder do Governo salienta que "acredita no discernimento" dos portugueses para "compreender tudo aquilo que sejam os fatores que contribuem para a sua decisão".
"Não tenho dúvidas de que os portugueses e portuguesas já perceberam o que é que aconteceu. Já perceberam muito bem que têm um primeiro-ministro em quem podem confiar, que podem projetar para os próximos anos a continuação de uma governação boa para a vida das pessoas", vincou.
Montenegro garante que não vai "desperdiçar nenhum segundo nem nenhuma gota de esforço" para deixar de dar aos portugueses "argumentos" para que possam confiar no programa da Aliança Democrática (AD) e, sobretudo, no atual primeiro-ministro.
O líder do Governo reconheceu que o resultado da recente sondagem da SIC/Expresso que dá vantagem à AD em relação ao PS é "encorajador", mas desvaloriza-o: "Ao longo da minha vida política disse sempre uma coisa sobre sondagens: não me deprimo quando elas são más, nem fico deslumbrado quando elas são boas."
Montenegro diz que a sua "obrigação" passa por "esclarecer" os portugueses antes das legislativas sobre o "propósito" da candidatura da AD para que os argumentos sejam "suficientes" para que os eleitores votem da coligação que no ano passado venceu as eleições.
O também líder do PSD manifestou o desejo de uma campanha eleitoral que permita aos eleitores "discernir e distinguir aquilo que diferencia os candidatos e os seus projetos" e mostrou confiança num bom resultado: "Temos 11 meses de trabalho governativo para poder mostrar aos portugueses e portuguesas do que é que somos capazes e podermos projetar aquilo que ainda vamos fazer no futuro. Estou muito confiante quanto a isso."
O primeiro-ministro crê que os portugueses têm atualmente "todos os elementos" para poder ponderar qual é o "melhor projeto, liderança política e rumo para o país" e frisa que "está motivado" para mais uma campanha eleitoral e para dar continuidade ao trabalho levado a cabo no último ano para tornar Portugal num país que "paga menos impostos, melhores salários, que está a resolver problemas estruturais da saúde" e que consiga perspetivar um "futuro para os jovens".