Primeiro-ministro Luís Montenegro
Primeiro-ministro Luís MontenegroFERNANDO VELUDO/LUSA

Montenegro desconhece investigação a secretário de Estado e recusa questionar confiança política

“Não podemos viver num regime em que uma queixa anónima dá origem a um processo, e só por isso a pessoa visada fica sem condições para exercer o cargo. Isso não é sistema”, defende primeiro-ministro.
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou esta segunda-feira, 15 de setembro, não ter conhecimento de qualquer investigação em curso contra o secretário de Estado da Agricultura, João Moura, e sublinhou que não é aceitável pôr em causa o exercício de funções de governantes apenas com base em denúncias ou suspeitas.

“Não temos nenhuma informação sobre isso. O que queremos é que as instituições funcionem e, se houver algo a investigar, que seja devidamente investigado”, disse Montenegro, citado pela agência Lusa, no final de uma cerimónia em Sernancelhe, onde foram entregues apoios simbólicos aos agricultores afetados pelos incêndios do último mês.

Questionado sobre se mantém a confiança no secretário de Estado, o chefe do Governo respondeu que a pergunta “não faz sentido”, já que não tem confirmação oficial de qualquer processo. Ainda assim, deixou um aviso: “Não podemos viver num regime em que uma queixa anónima dá origem a um processo, e só por isso a pessoa visada fica sem condições para exercer o cargo. Isso não é sistema.”

João Moura não esteve presente na cerimónia.

A polémica surge depois de o jornal Correio da Manhã ter avançado, esta segunda-feira, que o secretário de Estado está a ser alvo de uma investigação da Polícia Judiciária, relacionada com suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais. O jornal não identifica fontes.

Montenegro insistiu que o Governo vai acompanhar a situação “com sentido de responsabilidade”, mas frisou não ter dados concretos: “Honestamente, não sei nada sobre isso e, portanto, não posso adiantar mais nada.”

Com Lusa

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