Montenegro defende segurança como prioridade e critica inconsistência do PS
O líder da AD, Luís Montenegro, reafirmou que a segurança em Portugal é uma prioridade e criticou o PS pela sua mudança de posição nesta matéria. Durante um jantar-comício em Portalegre, o presidente do PSD recordou que, inicialmente, a sua abordagem para um policiamento de proximidade e maior visibilidade das forças de segurança foi fortemente criticada.
"Quando nós dissemos ao país que a segurança era prioritária, que era preciso fazer um policiamento de proximidade, que era preciso dar visibilidade às forças de segurança na rua, chamaram-nos muitos nomes", afirmou Montenegro, citado pela Lusa.
O líder do PSD acusou o PS de ter alterado a sua visão sobre o tema durante a campanha eleitoral, adotando uma postura mais rígida. "Quando nós apresentámos esta estratégia éramos extremistas. Quando entrámos na campanha eleitoral, aqueles que nos acusaram de ser extremistas disseram que não há dúvida nenhuma que a segurança é importante e que é preciso até ações mais musculadas por parte das polícias", criticou.
Montenegro também destacou que, ao contrário do que o PS defende agora, nunca chegou a pedir um reforço da força policial, mas sim um maior contacto entre agentes e a população. "Nem eu fui capaz de dizer que era preciso mais músculo, eu só fui capaz de dizer que era preciso mais visibilidade, que era preciso mais proximidade", explicou.
Em matéria de imigração, o líder do PSD voltou a criticar tanto o PS como o partido Chega por terem rejeitado propostas que incluíam a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP e mais eficiência nos processos de retorno conduzidos pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
"Estes dois instrumentos foram chumbados no Parlamento pelo voto conjunto dos dois grandes parceiros, o PS e o Chega, que naquilo que é mais importante estiveram juntos neste último ano, incluindo no ato de derrubar o Governo", acusou Luís Montenegro.
O líder social-democrata apelou aos eleitores para refletirem sobre a coerência das propostas dos diferentes partidos, afirmando que a segurança deve ser encarada com seriedade e compromisso.