O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, garantiu hoje que demite-se de funções se alguém provar que o descarrilamento do Elevador da Glória, em que morreram 16 pessoas, decorre de um erro da sua responsabilidade.Em entrevista à SIC, a primeira dada a um órgão de comunicação social desde o acidente no dia 03 de setembro, Carlos Moedas afirmou que “nesta tragédia não há nenhum erro que possa ser imputado a uma decisão do presidente da Câmara”.“Se alguém provar que alguma ação que eu tenha tido, algo que eu tenha feito como Presidente da Câmara em relação a esta empresa [Carris] levou a que esta empresa não gastasse o suficiente em manutenção, que esta empresa não fizesse aquilo que tinha que fazer, eu demito-me no dia”, afirmou.O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira passada, causando 16 mortos e 22 feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.