Marques Mendes na apresentação da sua candidatura à Presidência da República
Marques Mendes na apresentação da sua candidatura à Presidência da RepúblicaJOSÉ COELHO/LUSA

Marques Mendes vê Presidente como ator-chave da diplomacia económica

Reforço da dimensão das empresas e papel do Presidente na diplomacia económica foram temas de mais um encontro das "Causas da Presidência", o ciclo de debates da candidatura de Marques Mendes.
Publicado a

As Causas da Presidência, iniciativa inserida na campanha de Luís Marques Mendes, teve esta quarta-feira mais um encontro à porta fechada, que contou com uma dezena e meia de economistas e gestores, para além do candidato presidencial, apurou o DN.

Em debate estiveram os grandes desafios da economia portuguesa, numa reflexão que contou com nomes como os economistas Pedro Brinca, Ricardo Reis, Sérgio Rebelo e Miguel Faria de Castro, bem como o presidente da CGD, Paulo Macedo, a antiga presidente do IGCP, Cristina Casalinho e outras personalidades.

Os participantes no encontro chegaram a um consenso sobre as duas grandes alterações que tiveram lugar na economia portuguesa na última década e meia: a sua internacionalização, com um peso crescente das exportações e um aumento do investimento estrangeiro, juntamente com a política de “contas certas”, que foi mantida pelos últimos governos e que permitiram pôr cobro aos défices crónicos que o país acumulava há décadas.

Para o futuro, os economistas e gestores presentes neste encontro concluíram que é necessário manter a solidez do sistema financeiro, que foi reforçada nos últimos anos, após os problemas que ocorreram no período compreendido entre 2007 e 2016.

Concluíram ainda que é necessário avançar com a reforma do Estado, para aumentar a eficiência da nossa economia, juntamente com medidas que permitam atrair mais investimento estrangeiro e reforçar a competitividade fiscal do país.

Reforçar a qualidade das instituições públicas e privadas foi outro desafio identificado pelos especialistas presentes no encontro, juntamente com um aspeto que consideraram crucial, que foi o aumento da escala das empresas portuguesas, uma vez que quanto maior a dimensão, maior a sua competitividade e capacidade de pagar salários mais elevados.

Outra conclusão do debate foi a necessidade de o Presidente da República desempenhar um papel na diplomacia económica. “Pode ser mais importante o seu papel a este nível do que muitos estudos que se façam. O Presidente não governa e não legisla, mas tem de ter causas e deve exercer a sua magistratura de influência”, disse uma fonte ouvida pelo DN, que esteve no encontro.

Este foi o oitavo debate das Causas da Presidência. Os encontros serão retomados em setembro e faltam quatro para completar o ciclo, sobre educação, imigração, justiça e diálogo social.

Marques Mendes na apresentação da sua candidatura à Presidência da República
Marques Mendes "encorajado" apesar de descer nas sondagens
Diário de Notícias
www.dn.pt