Marcelo: "Novo Governo? Faltam ainda três conversas muito importantes"
TIAGO PETINGA/LUSA

Marcelo: "Novo Governo? Faltam ainda três conversas muito importantes"

Questionado sobre se lhe parece ter encontrado uma solução de governabilidade melhor ou menos má, o chefe de Estado disse preferir esperar mas lembrou que é um "otimista".
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O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que faltam "ainda três conversas muito importantes" para apurar a melhor solução de governabilidade para o país.

"Falta uma conversa com a eventual nova liderança do PS. Eu tive a conversa com quem saía. Agora vou ter a conversa com quem pretende entrar. Faz a diferença! Segundo, a conversa com o partido que pode passar a ser o partido líder da oposição, mas só sabe dia 28 à noite. E, finalmente, a conversa com o partido do primeiro-ministro, que naturalmente tem que saber o que é que pensam os outros partidos para saber aquilo com que conta", declarou Marcelo Rebelo de Sousa à entrada da Casa da Música, no Porto, onde assistiu a um concerto da Orquestra Sinfónica do Porto.

"Portanto, até dia 29 vamos esperar pelos resultados provisórios do dia 28. Vamos esperar pela posição de quem quer assumir a liderança do PS e vamos esperar para ver se o Chega passa a segundo partido (…) e a líder da oposição ou não", prosseguiu.

Questionado sobre se lhe parece ter encontrado uma solução de governabilidade melhor ou menos má, o chefe de Estado disse preferir esperar mas lembrou que é um "otimista". "Acho que há condições para esperar isso porque é isso que interessa para o país", rematou.


A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo, com mais de 32% dos votos, sem maioria absoluta. Em coligação, os dois partidos elegeram 89 deputados, dos quais 87 são do PSD e dois do CDS-PP - mais de um terço dos 230 lugares do parlamento, mas longe da maioria absoluta.

Quando estão por contabilizar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respetivos quatro mandatos, o PS é o segundo mais votado, com 23,38% dos votos, e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e depois o Livre, com 4,2% e seis eleitos.

A CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O BE, com 2%, o PAN, com 1,36%, e o JPP, da Madeira, com 0,34% dos votos em termos nacionais, tiveram um mandato cada um.

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