Para as legislativas de 2024 Montenegro debateu com Rui Tavares, do Livre. Agora pode não se repetir.
Para as legislativas de 2024 Montenegro debateu com Rui Tavares, do Livre. Agora pode não se repetir.Foto: Leonel de Castro / Global Imagens

Livre insiste em debater com Montenegro e não confirma Rui Tavares no frente a frente com Nuno Melo

Líder parlamentar não revela o que fará o partido caso AD insista em levar líder do CDS a debate. Nas eleições de maio, Livre quer aumentar o seu grupo parlamentar.
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É uma exigência que já tinha sido anunciada e que o Livre reiterou esta sexta-feira: Luís Montenegro é o candidato da AD a primeiro-ministro, é com ele que o partido quer debater e não com Nuno Melo.

A garantia foi deixada numa conferência de imprensa de balanço da legislatura. Em resposta ao DN, Isabel Mendes Lopes, líder parlamentar do Livre, não confirmou que o partido vá enviar Rui Tavares ao debate com Nuno Melo, agendado para dia 11 de abril, sexta-feira.

"O candidato do Livre a primeiro-ministro, salvo seja, é o Rui Tavares. E é com ele que Montenegro deve debater. A proposta de debate com Nuno Melo é batota. Por isso, a bola está do lado da AD. Se não recuar, logo se verá qual é a decisão do Livre", afirmou a deputada, ladeada pelo restante grupo parlamentar. Significa isto que o partido poderá não aparecer no debate ou enviar outro nome? A pergunta ficou sem resposta.

"Se o PS quiser governar, é do seu interesse que o Livre cresça"

Na legislatura que agora termina, o Livre apresentou 187 iniciativas legislativas. Segundo o balanço do partido, houve 68 projetos de lei (10 aprovados, 32 rejeitados, 24 caducados devido ao fim da legislatura, 1 prejudicado e 1 retirado), em várias áreas.

Ainda assim, admitiu Isabel Mendes Lopes, os projetos rejeitados vão voltar à Assembleia da República. Até porque a intenção do Livre é reforçar o seu grupo parlamentar, atualmente com quatro deputados. 

Mas Rui Tavares, co-porta-voz do partido, não estabelece uma meta de votos para já, apesar da convicção de que, a 18 de maio, o Livre irá crescer. Esse crescimento, disse o deputado, é até "do interesse" para o PS, se os socialistas quiserem vir a ser Governo, caso o cenário pós-eleitoral assim o permita. "Num quadro em que o PS dispute votos ao centro com o PSD, quererá que o Livre cresça, para poder haver uma esquerda mais forte, mais ecologista e progressista no Parlamento. Se for o caso, não vejo outra hipótese para o senhor Presidente da República a não ser indigitar esse Governo", frisou Rui Tavares.

As sondagens indicam, no entanto, que a AD possa vir a ser a coligação mais votada - à semelhança do que aconteceu há um ano. Mas Rui Tavares desvaloriza: "Se à direita o 'não é não' [ao Chega] é mesmo assim, PSD e IL juntos não conseguirão uma maioria e a esquerda toda junta poderá vir a ter mais votos."

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