“Os portugueses lá fora sabem que contam com o PAN para continuar a dar cartas e a ser uma força política extremamente útil à sociedade naquilo que é dar resposta às suas preocupações reais”, disse.
“Os portugueses lá fora sabem que contam com o PAN para continuar a dar cartas e a ser uma força política extremamente útil à sociedade naquilo que é dar resposta às suas preocupações reais”, disse.Foto: Paulo Novais / Lusa

Inês Sousa Real é reconduzida porta-voz do PAN e quer dialogar com "os partidos do espectro democrático"

Foram 69 votos, praticamente uma unanimidade entre os presentes no congresso. É o terceiro mandato que vai cumprir.
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Inês Sousa Real estará à frente do PAN por mais três anos. A líder do partido foi reconduzida ao cargo esta tarde, 20 de dezembro, durante o 10.º congresso da sigla. Esta é a terceira vez que Inês Sousa Real assume o cargo de porta-voz do partido, que conta com um assento na Assembleia da República.

De acordo com informações da agência Lusa, a candidata recebeu 69 votos. No total, estiveram presentes 72 delegados. A lista A, intitulada “Transformar para Crescer”, obteve apenas um voto (1,39%). Os outros dois delegados votaram em branco.

A deputada única do PAN tinha como opositora Carolina Pia. No entanto, Pia não compareceu ao congresso, realizado em Coimbra. Inês Sousa Real obteve hoje menos votos do que no congresso anterior.

O número de delegados também ficou abaixo do esperado pelo partido, que previa a presença de 114 votantes. Neste congresso foi ainda aprovado um prazo fixo de três anos para o mandato. Até agora, o estatuto não previa um período definido.

No discurso, defendeu hoje que o mundo enfrenta uma ameaça que deve convocar ao diálogo entre todos os partidos do “espectro democrático” para que não haja recuos nos direitos humanos. “Basta olharmos para Trump, para a China de Xi Jinping ou até mesmo para o presidente Putin, para percebermos que, efetivamente, temos hoje uma ameaça global que nos tem que convocar todos os partidos do espectro democrático para fazer este diálogo”, apelou.

A líder do PAN enumerou, como exemplos desse diálogo, a presença do partido em coligações autárquicas nos concelhos de Sintra e Coimbra, acrescentando que quer dar continuidade a “esse trabalho para que não haja um passo atrás nos direitos humanos” e nas causas do partido.

Inês Souza Real definiu ainda como principais desafios dos últimos anos à frente do partido a instabilidade política, que levou as suas direções a enfrentar já sete atos eleitorais, mais eleições do que “qualquer outra liderança do PAN ou de outros partidos”, e os conflitos internacionais, nomeadamente na Palestina e na Ucrânia, e os seus impactos na economia

Sousa Real referiu que a “crise climática não desapareceu do pano do fundo” e, pelo contrário, “continua a agravar-se”, pedindo que se recorra aos fundos comunitários para que haja uma “transição climática feita de forma sustentável” e que o “novo verde não é o problema de amanhã”, referindo-se, por exemplo, ao impacto ambiental negativo de grandes centrais fotovoltaicas.

A líder do PAN anunciou também que o partido vai lançar uma campanha nas redes sociais pelos “direitos pessoais na era digital”, justificando que não é possível “continuar a ter meninas e mulheres a ver expostas as suas imagens de cariz sexual de forma não consentida na internet”.

Inês de Sousa Real reiterou ainda que o “grande fator de insegurança nacional não é, como querem fazer crer, a imigração”, mas sim a violência doméstica, apelando aos restantes partidos representados na Assembleia da República que acompanhem o Compromisso Violeta, o conjunto de iniciativas do PAN.

No mesmo discurso, a porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza abordou também as presidenciais de janeiro, insistindo que, numa eventual segunda volta, o partido “vai ter, muito em breve, novos desafios e novas reflexões, porque o país precisa de jogar as presidenciais no campo democrático e não no campo do populismo”.

“Os portugueses lá fora sabem que contam com o PAN para continuar a dar cartas e a ser uma força política extremamente útil à sociedade naquilo que é dar resposta às suas preocupações reais”, concluiu.

*Com Lusa

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