Exonerar a administração da Santa Casa foi decisão difícil mas boa, diz ministra
A.R. / Arquivo DN

Exonerar a administração da Santa Casa foi decisão difícil mas boa, diz ministra

Ministra do Trabalho realçou que desde que está no cargo houve 40 mudanças em cargos dirigentes, sendo sete na sequência de exonerações por iniciativa da tutela, dos quais cinco da SCML.
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A ministra do Trabalho disse esta terça-feira que a exoneração da administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi uma decisão difícil de tomar, mas foi uma boa decisão, apontando os resultados entretanto obtidos.

"Foi uma decisão difícil de ser tomada, mas ainda bem que foi tomada, porque hoje a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está numa situação bastante diferente", afirmou Maria do Rosário Ramalho, que esteve a ser ouvida na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, na sequência de um requerimento do Chega sobre as saídas e entradas em cargos diretivos da função pública, concretamente em organismos tutelados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Durante a audição, a ministra reiterou que desde que lidera o ministério houve um total de 40 mudanças em cargos dirigentes (superiores e intermédios), sendo sete na sequência de exonerações por iniciativa da tutela - incluindo aqui cinco da SCML.

"Não há aqui nenhuma sangria, não há aqui nada de especial. Os números mostram que só houve sete pessoas que este Governo efetivamente exonerou e substituiu por outras"

Maria do Rosário Ramalho, ministra do Trabalho

Recusando leituras de "dança de cadeiras", Maria do Rosário Palma Ramalho indicou que dos 40 cargos de dirigentes em que houve mudanças, 28 correspondem a dirigentes superiores, dos quais 18 são de pessoas que foram nomeados sem que o antecessor tenha sido exonerado e que resultam de situações diversas.

Entre estas há "nove pessoas que foram substituídas, porque já estavam em gestão quando chegámos, portanto já tinham terminado o seu mandato" e "seis que saem da comissão de serviço por iniciativa própria", especificou a ministra, dando como exemplo desta última situação a presidente do Instituto da Segurança Social (ISS).

A presidente do ISS, Ana Vasques, apresentou a demissão em 17 de maio do ano passado por entender que o atual Governo demonstrou "falta de confiança", leitura que a ministra recusou.

Nas sete exonerações por iniciativa da tutela além das cinco da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, estão ainda o presidente do Instituto de Informática e o coordenador do plano de ação para o envelhecimento ativo e saudável.

"Não há aqui nenhuma sangria, não há aqui nada de especial. Os números mostram que só houve sete pessoas que este Governo efetivamente exonerou e substituiu por outras", afirmou a governante, salientando que a maioria destas mudanças correspondem a situações "normais" que refletem o que é a "vida normal das instituições".

Naqueles 28 cargos, há ainda três para os quais não foram nomeados novos dirigentes.

Relativamente aos dirigentes intermédios, a ministra contabilizou 12 movimentos, notando que nenhuma nomeação ocorreu na sequência de exonerações, recusando críticas de "dança de cadeiras".

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