A eurodeputada do PSD, Lídia Pereira, foi eleita presidente da delegação oficial do Parlamento Europeu à Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que se realizará de 10 a 21 de novembro, na cidade brasileira de Belém.A decisão foi oficializada esta terça-feira, 23 de setembro, no seguimento do trabalho que a eurodeputada tem desenvolvido acerca da temática. Lídia Pereira, que já havia liderado a delegação europeia na COP29, em Baku, quer firmar uma agenda “mais ambiciosa, centrada na criação de condições mais concretas para conseguir alcançar crescimento sustentável, conciliando emprego qualificado e competitividade económica”, indica um comunicado enviado às redações..Montenegro aceita convite de Lula para participar na COP30. A eurodeputada portuguesa destaca que “a Europa tem mostrado que é possível descarbonizar e crescer". "Nos últimos 20 anos, reduzimos as emissões em 31%, criámos 26 milhões de empregos e crescemos 27% enquanto economia. Mas não podemos parar aqui. Precisamos de acelerar a transição, com políticas estáveis, simplificação administrativa e mais investimento em tecnologias limpas", acrescentou, considerando a COP30 um marco estratégico para impulsionar um novo ciclo de ação climática, assente em cadeias de valor sustentáveis, energia acessível, competências verdes e proteção contra a fuga de carbono.Entre as metas que Lídia Pereira defende, destacam-se o triplicar da capacidade renovável global, duplicar a eficiência energética até 2030 e reduzir em 75% as emissões de metano.“Queremos descarbonizar com crescimento, com mais empresas, mais oportunidades, mais inovação. Para isso, precisamos de políticas climáticas que reforcem a nossa competitividade”, salientou.Um dos principais temas na agenda será, mais uma vez, o financiamento à transição climática global, cuja meta de 100 mil milhões de dólares anuais foi aumentada na COP29 para 300 mil milhões. Mas Lídia Pereira considera que é necessário ir mais longe: “A Europa tem liderado, mas não pode continuar a fazê-lo sozinha. O novo objetivo de financiamento tem de refletir a realidade geoeconómica atual e envolver países como a China, Índia ou Arábia Saudita. Se queremos um compromisso global efetivo, todos têm de fazer a sua parte.”