A esquerda conseguiu "ganhar tempo" e adiar a votação da Lei dos Estrangeiros (que inclui restrições ao reagrupamento familiar) e a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF). A estratégia foi utilizada na reunião da Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias, realizada nesta manhã, 09 de julho.O Bloco de Esquerda (BE) usou o adiamento protestativo, isto é, de caráter obrigatório, na proposta de alteração na Lei dos Estrangeiros. Já o Partido Socialista (PS) usou o mesmo método para adiar a votação da criação da UNEF, que terá a responsabilidade de fiscalizar imigrantes em território nacional. António Rodrigues, deputado do PSD, disse na sessão que o Governo não abre mão da votação final da alteração na Lei dos Estrangeiros ainda antes do recesso parlamentar.Em entrevista ao DN, o parlamentar afirmou que será marcada, na sexta-feira à tarde, uma nova reunião na especialidade para discutir a proposta. Segundo o deputado, o voto protestativo é por matéria, ou seja, não poderá ser adiada de novo.Rodrigues afirmou ao jornal que está "convicto de que a aprovação pode acontecer na sessão plenária do dia 16 de julho". Esta será a última sessão antes do recesso parlamentar.amanda.lima@dn.pt.Parlamento. Discussão sobre Lei da Nacionalidade é estendida até setembro .Governo fecha as portas ainda mais à imigração. “Economia terá que se adaptar”, diz ministro