Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros
Paulo Rangel, ministro dos Negócios EstrangeirosANTÓNIO COTRIM/LUSA

Conselho de Ministros da CPLP condena golpe na Guiné-Bissau e exige libertação imediata de detidos

Organização lusófona rejeita rutura institucional, anuncia envio de missão de "Bons Ofícios" e recomenda suspensão do país até que a ordem constitucional seja reposta.
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O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) condenou esta sexta-feira (5) "veementemente a interrupção do processo eleitoral" na Guiné-Bissau, classificando o golpe de estado de 26 de novembro como uma "grave violação aos princípios democráticos".

Em reunião extraordinária, os governantes exigiram também a "libertação imediata e incondicional de todas as pessoas detidas no contexto da atual crise política", segundo comunicado enviado às redações.

Reunido em formato virtual sob a presidência de São Tomé e Príncipe, este órgão da CPLP manifestou "profunda preocupação" com a situação e rejeitou a "rutura institucional verificada", alertando que esta compromete a estabilidade política e a ordem constitucional do país que integra a própria organização.

Missão urgente e recomendação de suspensão

No comunicado final, o Conselho de Ministros defende a "retoma urgente da ordem constitucional" como condição indispensável para a paz. Nesse sentido, foi decidido constituir uma "Missão de Bons Ofícios de Alto Nível" que será enviada para Bissau "no mais breve período de tempo".

Como medida política, os ministros recomendaram a "suspensão temporária da Guiné-Bissau" – uma decisão que deverá ser ratificada na Conferência de Chefes de Estado e de Governo – bem como a transferência da presidência rotativa da organização para outro Estado-Membro9.

A sessão contou com a presença, entre outros, do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, e dos chefes da diplomacia de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Moçambique e Timor-Leste.

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