Comissão aprova levantamento da imunidade parlamentar a Miguel Arruda
A Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados aprovou esta quarta-feira o levantamento da imunidade parlamentar de Miguel Arruda, deputado eleito pelo Chega que está agora como não inscrito, na sequência do caso do furto das malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.
Arruda está acusado de oito crimes de furto qualificado, tendo na terça-feira o Tribunal Central de Instrução Criminal informado o Parlamento da existência de "fortes indícios de crime" que são puníveis com pena de prisão até cinco anos.
Depois de ver o levantamento aprovado pela Comissão de Transparência, caberá agora aos deputados confirmar esta decisão no plenário da Assembleia da República, que deverá acontecer ainda esta semana.
Em 21 de janeiro, Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.
Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.
Dois dias depois, Miguel Arruda reuniu-se com o líder do Chega, André Ventura, e anunciou que ia desfiliar-se do partido e passaria a deputado não inscrito.