A ERC, que divulgou esta quinta-feira (25 de setembro) relatórios da cobertura televisiva e das rádios das eleições, diz que se observou “uma alteração na cobertura eleitoral televisiva a partir de 13 de maio, a quatro dias do final da campanha, associada ao incidente de saúde que envolveu o líder do Chega”, André Ventura, o que “explica também os resultados quanto aos temas mais destacados”.Entre estes temas, disse a ERC, sobressaem o “desempenho dos partidos e seus candidatos”, tendo adquirido importância o tema “saúde dos candidatos”, destacou.De acordo com a ERC, “o incidente de saúde do líder do Chega traduziu-se, na televisão, num aumento do número de peças dedicadas a esta candidatura, com efeitos na presença das restantes”.No entanto, indicou, os impactos variaram nos diferentes serviços de programas, sendo particularmente visíveis nas coberturas realizadas pela CNN, CMTV e News Now.Segundo a mesma análise, levada a cabo pela ERC, “os resultados globais indicam que quatro candidaturas com representação parlamentar – AD, o PS, o Chega e a Iniciativa Liberal – se destacaram em número de presenças nos blocos informativos analisados”, sendo que as restantes candidaturas com representação parlamentar, ou seja, BE, CDU, Livre e PAN, registaram “uma menor proeminência”.A ERC encontrou também “diferentes abordagens jornalísticas às candidaturas sem representação parlamentar, ainda que estas tenham registado sempre uma presença residual nos programas monitorizados da rádio e da televisão”Os protagonistas da maioria das peças noticiosas analisadas foram os líderes partidários, de acordo com o regulador.Segundo a ERC, durante o período da campanha eleitoral, “todos os serviços de programas de rádio e de televisão cumpriram a suspensão da participação de candidatos em espaços e/ou programas de comentário”.O regulador disse que os relatórios divulgados se basearam na análise dos noticiários de horário nobre da RTP1, RTP2, RTP3, SIC, SIC Notícias, TVI, CNN Portugal, CMTV, News Now e Porto Canal, bem como dos noticiários da manhã, às 08:00 e às 9:00, e diários de campanha da Antena 1, Rádio Observador, Rádio Renascença e TSF, emitidos entre 04 e 16 de maio.A análise da ERC considerou ainda “a participação das candidaturas nos espaços de entrevista e de debate durante todo o período eleitoral, incluindo a pré-campanha (de 20 de março a 16 de maio)”. .O que ganha Ventura com a candidatura a Belém