Presidente do Chega, André Ventura, sentiu-se mal num comício em Tavira, tendo sido transportado para o Hospital de Faro, na campanha para as Legislativas
Presidente do Chega, André Ventura, sentiu-se mal num comício em Tavira, tendo sido transportado para o Hospital de Faro, na campanha para as LegislativasRede social X / André Ventura

Cobertura televisiva das Legislativas alterou-se após incidente de saúde de Ventura, diz a ERC

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) concluiu que houve uma “alteração na cobertura eleitoral televisiva” das legislativas de 18 de maio, após o incidente de saúde do líder do Chega.
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A ERC, que divulgou esta quinta-feira (25 de setembro) relatórios da cobertura televisiva e das rádios das eleições, diz que se observou “uma alteração na cobertura eleitoral televisiva a partir de 13 de maio, a quatro dias do final da campanha, associada ao incidente de saúde que envolveu o líder do Chega”, André Ventura, o que “explica também os resultados quanto aos temas mais destacados”.

Entre estes temas, disse a ERC, sobressaem o “desempenho dos partidos e seus candidatos”, tendo adquirido importância o tema “saúde dos candidatos”, destacou.

De acordo com a ERC, “o incidente de saúde do líder do Chega traduziu-se, na televisão, num aumento do número de peças dedicadas a esta candidatura, com efeitos na presença das restantes”.

No entanto, indicou, os impactos variaram nos diferentes serviços de programas, sendo particularmente visíveis nas coberturas realizadas pela CNN, CMTV e News Now.

Segundo a mesma análise, levada a cabo pela ERC, “os resultados globais indicam que quatro candidaturas com representação parlamentar – AD, o PS, o Chega e a Iniciativa Liberal – se destacaram em número de presenças nos blocos informativos analisados”, sendo que as restantes candidaturas com representação parlamentar, ou seja, BE, CDU, Livre e PAN, registaram “uma menor proeminência”.

A ERC encontrou também “diferentes abordagens jornalísticas às candidaturas sem representação parlamentar, ainda que estas tenham registado sempre uma presença residual nos programas monitorizados da rádio e da televisão”

Os protagonistas da maioria das peças noticiosas analisadas foram os líderes partidários, de acordo com o regulador.

Segundo a ERC, durante o período da campanha eleitoral, “todos os serviços de programas de rádio e de televisão cumpriram a suspensão da participação de candidatos em espaços e/ou programas de comentário”.

O regulador disse que os relatórios divulgados se basearam na análise dos noticiários de horário nobre da RTP1, RTP2, RTP3, SIC, SIC Notícias, TVI, CNN Portugal, CMTV, News Now e Porto Canal, bem como dos noticiários da manhã, às 08:00 e às 9:00, e diários de campanha da Antena 1, Rádio Observador, Rádio Renascença e TSF, emitidos entre 04 e 16 de maio.

A análise da ERC considerou ainda “a participação das candidaturas nos espaços de entrevista e de debate durante todo o período eleitoral, incluindo a pré-campanha (de 20 de março a 16 de maio)”. 

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