A cerca de nove meses das Eleições Autárquicas, 90% dos nomes escolhidos pelo PS já estão fechados. Esta percentagem já inclui Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia e Porto, quatro dos municípios mais populosos do país, que já têm candidatos socialistas definidos. E são todos novidades em relação aos nomes de 2021.Na capital, os socialistas escolheram Alexandra Leitão para tentar reconquistar a autarquia, que perderam há quatro anos para Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/PPM/MPT e Aliança). Já em Sintra, uma câmara que até é do PS, a escolha para suceder a Basílio Horta - que está limitado por mandatos e impedido de se recandidatar - foi a ex-ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho. Em Gaia, que os socialistas também governam, a aposta é João Paulo Correia, ex-secretário de Estado do Desporto. Ali ao lado, no Porto, Manuel Pizarro (que já foi vereador na autarquia) será novamente candidato em 2013..Autárquicas. Saída de autarcas aumenta dúvidas nos principais duelos entre PSD e PS.Mas, nesta lista dos municípios com mais eleitores, há ainda vários nomes que não foram anunciados. Cascais, o terceiro concelho com mais habitantes, é uma dessas incógnitas, tal como Oeiras, uma das autarquias vistas pelas Mulheres Socialistas como “uma possibilidade” para preencher a quota de “40% de cabeças de lista” nos concelhos mais populosos.Esta “recomendação”, feita por Elza Pais, líder das mulheres do PS, era justificada com a necessidade de haver uma “efetiva paridade” nas listas. No entanto, não terá respaldo pela direção do PS e, segundo disse fonte socialista ao DN, “haverá cinco ou seis mulheres” candidatas a estes 24 municípios. Esse número está, aliás, quase alcançado. Além de Lisboa e Sintra, também Almada (Inês de Medeiros), Matosinhos (Luísa Salgueiro) e Coimbra (Ana Abrunhosa) terão cabeças de lista do sexo feminino. E segundo a mesma fonte, haverá “quatro ou cinco” mulheres socialistas a liderar listas a capitais de distrito: Lisboa, Coimbra, Bragança (Isabel Ferreira) e, talvez, Portalegre (Idalina Trindade).Há quatro anos, o PS foi o partido que mais mulheres elegeu (19) e parte para estas Autárquicas com o maior número de presidências municipais (148)..Tutti-Frutti. PSD e PS exigem que implicados deixem todas as “funções políticas”.Olhando para o resto do país, os socialistas já têm praticamente todas as capitais de distrito fechadas. A norte, o candidato a Viana do Castelo será Luís Nobre, atual autarca da cidade. Já em Braga, a escolha é António Braga, ex-presidente da câmara bracarense, que vai tentar recuperar uma autarquia que lhes foge desde 2009.Em Aveiro, António Souto Miranda, ex-autarca da cidade, será a aposta para tentar vencer a sucessão de José Ribau Esteves. O adversário do PSD? Luís Souto Miranda, seu irmão.Mais a sul, em Leiria, será o autarca incumbente, Gonçalo Lopes, a tentar a reeleição. Em Santarém, a escolha é Pedro Ribeiro, atual autarca de Almeirim, que tentará ganhar uma câmara que foge ao PS desde 2001 - ano em que passou para as mãos do PSD. Já em Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues candidatar-se-á a mais um mandato à frente da autarquia beirã.Em Setúbal, onde o atual autarca, André Martins (CDU), não está em fim de mandato, a opção foi o atual vereador socialista Fernando José. No entanto, a batalha pode vir a ser travada contra, pelo menos, mais outro nome forte: Maria das Dores Meira, ex-autarca da cidade que concorre como independente.Em Évora (cujo atual presidente, Carlos Barbosa de Sá, da CDU, está em fim de mandato), a escolha dos socialistas foi o ex-eurodeputado Carlos Zorrinho, numa aposta forte para tentar garantir a reconquista de uma autarquia que já tiveram entre 2001 e 2005. Já em Beja, o incumbente Paulo Arsénio, que venceu a câmara ao PCP em 2017, deverá recandidatar-se a um último mandato.No Algarve, a escolha para a câmara de Faro é António Miguel Pina, atual autarca de Olhão, onde está impedido de se candidatar, uma vez que já cumpriu três mandatos seguidos.