Aumento de orçamento da Defesa para 2% já em 2025: Nuno Melo garante rigor e retorno para a economia nacional
Um dia após o primeiro-ministro ter anunciado que Portugal vai antecipar o objetivo de atingir o investimento de 2% do PIB em Defesa “se possível já este ano”, o ministro da Defesa garantiu ao DN que "o investimento assentará num plano muito bem coordenado entre o ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas, em linha com os alvos capacitários da NATO".
"Tudo medido e planeado em pormenor, com rigor na execução e sempre validado pelas Finanças, como não poderia deixar de ser", assegurou Nuno Melo, acrescentando que "o bom desempenho da economia, as metas orçamentais e a dimensão social do Estado não podem ser afetados e não serão afetados.
"Acresce o grande retorno para a economia nacional. Tenho como primeira preocupação garantir que as aquisições e modernizações de equipamentos, bens e infraestruturas militares envolvem e darão retornos importantes através do envolvimento de empresas portuguesas, particularmente a Base Tecnológica e Industrial de Defesa (BTID). Exatamente por isso a Defesa Nacional manteve um relacionamento muito estreito com o ministério da Economia ao longo do último ano, que obviamente será para manter, para benefício do interesse nacional", salientou, em declarações ao DN.
Na parte final do seu discurso de tomada de posse, esta quinta-feira, 5 de junho, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, Luís Montenegro afirmou que este plano de aumento do orçamento para a Defesa será ultimado “nos próximos dias” e desenvolvido “nos próximos anos”, assegurando que dele dará “conhecimento prévio aos dois maiores partidos da oposição”, numa referência ao Chega e ao PS.
“Nesse contexto, apresentarei na próxima cimeira da NATO a antecipação do objetivo de alcançarmos 2% do PIB nos encargos desta área, se possível já este ano de 2025”, anunciou o primeiro-ministro.
E acrescentou: “Um plano realista que não porá em causa as funções sociais e o equilíbrio orçamental”, afirmou.