António José Seguro defende perfil presidencial "com uma dimensão ética à prova de bala"
O antigo secretário-geral do PS António José Seguro defendeu neste sábado, num jantar com 300 "cidadãos de vários quadrantes políticos", em Celorico de Basto, no distrito de Braga, um perfil de Chefe de Estado "com uma dimensão ética à prova de bala". E, mesmo sem confirmar que avançará com a sua candidatura, descreveu aqueles que o foram ouvir como "um movimento de esperança" e "a voz de um país que quer ser ouvido, respeitado e representado com dignidade".
"Sei porque vieram. Sei bem o que está em causa. Sei o que esperam do próximo Presidente da República. Esperam alguém que defenda a democracia, valorize e respeite as instituições e sinta na alma as dificuldades e os problemas dos problemas dos portugueses. Esperam um Presidente que fale verdade, ouça com humildade, decida com coragem", disse Seguro, referindo um perfil de Chefe de Estado "íntegro", "com valores e com princípios", e "que acredite no diálogo para unir e promover compromissos entre os atores políticos".
Apesar de não oficializar a entrada na corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa perante quem o ouvia em Celorico de Basto, onde o atual Presidente da República já liderou a Assembleia Municipal, o professor universitário disse que "se avançar será por vós e para vós, pelos portugueses e para os portugueses". E enumerou objetivos como "defender os valores de Abril e a Constitutição da República", "honrar o trabalho e o esforço de cada português", "ajudar a construir um país onde cada pessoa tenha as mesmas oportunidades e não deixe ninguém para trás" ou "onde os jovens tenham futuro e os idosos um presente com segurança".
"Se decidir avançar, serei o candidato da cidadania livre e do respeito pelos valores e princípios da nossa Constitutição", disse António José Seguro, defendendo "uma democracia baseada numa economia de mercado" em que o Chefe de Estado promova compromissos entre os agentes políticos para criar riqueza e proteger o Estado Social. "Só criando riqueza podemos ter melhor saúde, melhores salários e melhores pensões. Só com riqueza podemos fixar e atrair os jovens, tão indispensáveis ao nosso desenvolvimento e para o aumento da natalidade", reiterou.
Por outro lado, apresentou-se, mesmo insistindo na condicional do "se decidir avançar", como "o candidato da cidadania que sonha e ambiciona um Portugal mais justo, mais coeso, mais solidário e mais digno".