Luís Montenegro e a AD - Coligação PSD/CDS ultrapassaram Pedro Nuno Santos e o PS no mais recente Barómetro DN/Aximage, com 654 entrevistas realizadas entre 1 e 5 de maio, após o frente a frente televisivo entre os dois líderes. Apesar de os 28,6% de intenções de voto na AD sugerirem um photo finish sobre os 28,4% do PS, bem dentro da margem de erro de 3,8% - e após a distribuição dos 8,1% de indecisos a menos de duas semanas da ida às urnas -, acentua-se a viragem a favor dos vencedores de 2024, que no mês passado estavam 2,9 pontos atrás dos socialistas.De igual modo, a percentagem de inquiridos que antecipam a vitória da AD a 18 de maio aumenta para 53%, com apenas 25% a darem favoritismo ao PS. Em relação ao Barómetro DN/Aximage de abril, a coligação de centro-direita avança dois pontos e os socialistas recuam um. .E se a AD ganha a dianteira, tal recuperação não se dá às custas dos outros partidos de direita. O Chega mantém-se ao nível do resultado que lhe permitiu eleger 50 deputados nas últimas legislativas, ainda que recue dos 18,6% de abril para 18,1%, enquanto a Iniciativa Liberal volta às intenções de voto que tinha em março, fixando-se em 7,3%. Valor que, a confirmar-se nas urnas, seria um avanço significativa para os liberais, que nas últimas legislativas não conseguiram aumentar o grupo parlamentar, mas deveria ser manifestamente insuficiente para garantir apoio parlamentar maioritário a um eventual novo Governo de Luís Montenegro. Muito piores continuam os resultados do Barómetro DN/Aximage para a esquerda, com o Livre a ter 4,1% de intenções de voto, seguindo-se o Bloco de Esquerda (3,4%), o PAN (2,6%) e a CDU, que volta a cair para 2,4%..Entre os segmentos do eleitorado, verifica-se um grande equilíbrio entre as três maiores forças entre os homens - o PS lidera, com 26,8%, enquanto AD e Chega têm 25% cada -, enquanto as mulheres favorecem claramente a AD (31,9%) e o PS (29,9%) sobre o Chega (11,4%). Para o partido de André Ventura fica a compensação de ser o favorito dos que têm entre 35 e 49 anos (28,7%) e da mais pobre Classe D (33,2%), enquanto a coligação entre PSD e CDS lidera entre os mais ricos, da Classe A/B (34,5%) e os mais jovens, até 34 anos (31,9%), com o Chega (22,3%) à frente do PS (12,2%), que tem a Iniciativa Liberal pouco atrás, com 8,8%. Para os socialistas mantém-se a habitual vantagem entre os mais velhos, com 39,5% de intenções de voto dos inquiridos com mais de 65 anos, embora a AD tenha sinais de reconciliação com os reformados, com 32,4%.A nível regional, a AD destaca-se na Área Metropolitana do Porto (32,9%), muito à frente do PS (21,4%) e Chega (18,3%), Curiosamente, os socialistas lideram em todas as restantes regiões, e sobretudo no Centro (33,6%) e no Sul e Ilhas (29,8%), em ambos os casos com quase seis pontos de vantagem sobre a coligação de centro-direita. Nos restantes partidos, o Chega tem o melhor resultado no Centro (20,8%), a Iniciativa Liberal na Área Metropolitana do Porto (12,4%) e o Livre aproxima-se dos dois dígitos, com 9,2% de intenções de voto, no Sul e Ilhas. .Ficha técnica.Objetivo do Estudo: Sondagem de opinião realizada pela Aximage - Comunicação e Imagem Lda. para o DN sobre intenção de voto legislativo e temas da atualidade política.Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2), grupo etário (4) e escolaridade (2). A amostra teve 654 entrevistas efetivas: 603 entrevistas CAWI e 51 entrevistas CATI; 324 homens e 330 mulheres; 142 entre os 18 e os 34 anos, 170 entre os 35 e os 49 anos, 170 entre os 50 e os 64 anos e 172 para os 65 e mais anos; Norte 228, Centro 145, Sul e Ilhas 73, Área Metropolitana de Lisboa 208.Técnica: Aplicação online - CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) - de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas - metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela Aximage nos seus estudos políticos. O trabalho de campo decorreu entre 1 e 5 de maio de 2025. Taxa de resposta: 73,91%.Margem de erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de + ou - 3,8%.Responsabilidade do estudo: Aximage - Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.