Ventura tinha pedido uma "maioria reforçada", acima dos 50% dos votos, quer para a sua lista quer para a moção global de estratégia, que se se considera ser votada juntamente com a direção nacional..Para a direção nacional, votaram 377 delegados, tendo-se registado 312 votos a favor, 29 abstenções e 36 nulos..Os resultados foram anunciados pela mesa do congresso cerca das 16:00, pouco antes de começar a sessão de encerramento, já com uma hora de atraso, com os discursos do líder da Liga, Matteo Salvini, da extrema-direita italiana, e de André Ventura..Um empate na votação para a mesa do congresso nacional vai obrigar à repetição da eleição para este órgão no congresso do partido.."Gostaria de ter uma maioria reforçada e que o partido perceba a importância que estas eleições podem ter para o nosso futuro e que os militantes deem um sinal positivo, mesmo os que podem não concordar com alterações", referiu André Ventura aos jornalistas, antes de votar para os órgãos do partido..O dirigente fez votos de que os militantes olhassem "para o projeto e lista apresentados" e fizessem "a escolha numa lista que tem condições de assegurar a chegada ao governo nos próximos anos", reforçando o objetivo de que o Chega seja um partido de poder.."Não estamos aqui só para o folclore político" e "não queremos ser um Bloco de Esquerda de direita", disse ainda..O projeto, disse, "foi claro" e passa por "não fazer coligações fictícias", mas sim "imposições ao PSD em matéria de Governo"..Depois da saída de três vice-presidentes da direção, Ventura relativizou as críticas, diretas e indiretas, que se ouviram dos excluídos, afirmando ser natural que "quando há mudanças há resistências"..E garantiu que foi "atempadamente falada" a mudança na direção do partido..Tal como tinha anunciado no sábado, André Ventura remeteu a discussão do programa político do partido, mudança que originou controvérsia interna, das atuais 60 páginas para cerca de 15, para a primeira reunião do conselho nacional após o congresso..Apesar de estar previsto na agenda da reunião de Coimbra, o líder justificou o adiamento com a "complexidade do documento" e que seria "extemporâneo realizar esse debate hoje"..atualizado às 16.23