Quem usa, afinal, o "rolo compressor"? PS e PSD trocam acusações
O PS acusou esta quarta-feira o PSD de usar um "rolo compressor" para votar contra o orçamento antes de conhecer o documento, ripostando à crítica dos sociais-democratas que o acusaram de chumbar a maioria das propostas da oposição.
No debate em plenário esta manhã, que discutiu as propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2023 avocadas, o PSD e o PS trocaram argumentos usando como 'arma' a expressão "rolo compressor", que tem sido atribuída à maioria absoluta.
"O rolo compressor da maioria socialista entende que o conteúdo das propostas não é importante. Importante é de que bancada vêm. Os únicos que importam são os deputados do PAN e Livre, em que vão fazer uma tentativa de pesca à linha", afirmou João Moura, deputado do PSD.
O parlamentar argumentou que "nunca, como agora, a palavra dada não é palavra honrada, porque o que defendem [PS] nos debates é diferente do que votam".
No contra-ataque, o líder parlamentar do PS, Brilhante Dias, 'atacou' os sociais-democratas com a expressão que tem sido usada para criticar a maioria absoluta, considerando que o PSD é que usou o "rolo compressor", por ter anunciado o "voto contra antes de conhecer o documento".
As declarações do socialista levaram o líder da bancada parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, a afirmar que "o documento é entregue a 10 de outubro e o PSD pronunciou-se a 12 de outubro".
Como contra-posição, Brilhante Dias indicou que teria "todo o gosto em fazer chegar aos deputados do PSD as declarações do presidente do PSD", que pensa, disse, "vinculam" o partido.