PS/Madeira considera Governo Regional "incapaz" de resolver insegurança "galopante"

O deputado Sérgio Gonçalves, líder dos socialistas madeirenses, disse que a Madeira "é uma região onde a insegurança cresce a olhos vistos e o consumo de droga é quatro vezes superior ao resto do país".
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O PS/Madeira acusou esta quarta-feira o Governo Regional (PSD/CDS-PP) de "meter a cabeça na areia" e ser "incapaz" de resolver o aumento "galopante" da insegurança e do consumo de drogas na região.

"Os problemas da insegurança e da toxicodependência não só não foram resolvidos, como têm vindo a agravar-se de forma galopante e preocupante", afirmou o deputado Sérgio Gonçalves, líder dos socialistas madeirenses, numa intervenção política no plenário da Assembleia Legislativa do arquipélago, no Funchal.

Sérgio Gonçalves considerou que o Governo Regional "está a enterrar a cabeça na areia, incapaz de encarar" uma situação que o socialista considerou uma "consequência mais visível da governação irresponsável e inconsequente de mais de 45 anos do PSD" - uma gestão que, no seu entender, está "gasta e ultrapassada".

O parlamentar disse que a Madeira "é uma região onde a insegurança cresce a olhos vistos e o consumo de droga é quatro vezes superior ao resto do país".

Todos os dias, acrescentou, surgem relatos de "pessoas assaltadas, estabelecimentos vandalizados e roubados, turistas agredidos, jovens envolvidos em cenas de pancadaria à porta de escolas e toxicodependentes a consumirem às claras nas ruas da cidade" do Funchal.

Segundo os socialistas, o cenário também afeta a Madeira como destino turístico e o executivo regional "remete-se ao silêncio e tenta esconder a realidade".

"Por um lado, temos um governo anestesiado, por outro vemos um presidente da Câmara do Funchal [o social-democrata Pedro Calado] que, de forma absurda, sugere o patrulhamento das ruas da cidade pelo Exército como forma de controlar a situação", argumentou.

O deputado sublinhou que "a insegurança não se resolve colocando a tropa na rua", pelo que a autarquia dá "sinais evidentes de autoritarismo".

"A solução não é fechar ruas a cadeado", insistiu, defendendo que "urge mudar a forma de encarar e de lidar com o problema" da toxicodependência, com a promoção de um tratamento diferenciado, fora do contexto hospitalar, com uma equipa multidisciplinar e técnicos especializados, apostando na sua reintegração social e no acompanhamento familiar.

De acordo com o PS, os dois partidos que governam o arquipélago "preferem ter as pessoas agarradas pela dependência do assistencialismo e pela miséria que criaram ao longo de anos e anos, ao invés de promoverem o desenvolvimento integral da região e a melhoria das condições de vida de cada um dos madeirenses e porto-santenses".

O líder socialista regional mencionou que a maioria PSD/CDS tem chumbado as propostas apresentadas pelo partido para mitigar estes problemas, nomeadamente a criação de uma polícia municipal no Funchal e de uma comunidade terapêutica de reinserção social, "para que seja possível encetar uma abordagem diferente em relação ao crescente problema dos comportamentos aditivos".

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