PS insiste em continuar negociações na especialidade com "equilíbrio e bom senso"

Partido que apoia o governo volta a remeter alterações ao documento para a fase de discussão na especialidade, numa altura em que a aprovação na generalidade continua sem estar garantida.
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O secretário-geral adjunto do PS insistiu esta sexta-feira na continuação das negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) na especialidade, considerando que ainda há disponibilidade para discutir alterações propostas pelos parceiros, mas com "equilíbrio e bom senso".

"O PS e o Governo têm desde há muito, e já com provas dadas, feito um esforço para ir ao encontro de propostas de melhoria e de aperfeiçoamento do Orçamento do Estado, que agora terá um momento apropriado em sede de discussão na especialidade. Primeiro tem de ser aprovado na generalidade e depois entramos numa nova fase", referiu José Luís Carneiro, no final de uma audiência com o Presidente da República sobre o orçamento, no Palácio de Belém, em Lisboa.

O dirigente socialista remeteu mais do que uma vez o processo para a fase da especialidade, o que implica a aprovação da proposta na generalidade, enquanto respondia às questões colocadas pelos jornalistas.

José Luís Carneiro reforçou a intenção do PS em "apreciar as propostas" dos parceiros, mas com o propósito de "encontrar os pontos de equilíbrio e de bom senso para que mereça o apoio dos partidos políticos" que têm suportado o PS no parlamento.

Contudo, defendeu que "sempre que se avança surgem novas matérias", sustentado que isso não impede a negociação atendendo "ao princípio do equilíbrio das contas públicas e a garantia de que o país consegue reduzir a sua dívida pública".

Ladeado pela líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, e pelo secretário nacional adjunto, Pedro Cegonho, o secretário-geral adjunto completou que houve sempre "uma abertura muito significativa" alinhada com os interesses do país, e que há disponibilidade, para, além do Orçamento do Estado, dialogar "com os partidos políticos que têm suportado politicamente o Governo em matérias que são cruciais".

Entre estes assuntos, sublinhou, está a discussão "sobre o estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

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