Cartaz do PS/Lisboa que critica a gestão da higiene urbana feita por Carlos Moedas.
Cartaz do PS/Lisboa que critica a gestão da higiene urbana feita por Carlos Moedas.Foto: PS Lisboa

PS arranca pré-campanha com críticas ao PSD na gestão do lixo

A um ano das eleições autárquicas, o socialista Davide Amado critica gestão da higiene urbana feita pelo executivo de Carlos Moedas. Vereador social-democrata Ângelo Pereira acusa o PS de estar “zangado com os lisboetas”.
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Há vários cartazes espalhados por Lisboa com o nome do presidente da Câmara, Carlos Moedas, mas com uma alteração: em vez de um ‘o’ no apelido do autarca está uma imagem com lixo empilhado. Esta é a mais recente crítica da concelhia de Lisboa do PS, que tem como objetivo responsabilizar Carlos Moedas por falhas na gestão da higiene urbana. Como resposta, a distrital de Lisboa do PSD deflete o golpe e afirma que em três anos de mandato os sociais-democratas fizeram mais do que os socialistas concretizaram em 14 anos.

Contrapondo palavras anteriores de Carlos Moedas, o líder da concelhia do PS, Davide Amado, afirmou ao DN que o lixo urbano “não é um problema normal”.

“Tem que haver um empenho por parte do executivo para resolver”, continua o também presidente da junta de freguesia de Alcântara, acrescentando que “não existe fiscalização”.

“O problema só vai aumentando porque as pessoas colocam o lixo onde está mais lixo. Se andarmos pela cidade, temos pontos de recolha de lixo em todo lado. Pontos que não são pontos de recolha, são locais onde o lixo é colocado porque não há fiscalização”, completa.

Em relação aos cartazes, que foram uma iniciativa dos socialistas na capital, são, “sobretudo, um lembrete para que Carlos Moedas tenha presente que existe um problema grave na cidade”, que, sublinha Davide Amado, se “agrava de dia para dia”.

Para Davide Amado, “a recolha do lixo é uma operação logística. Quando não está a correr bem é porque a gestão e a organização da mesma não está a ser a mais adequada”. Para o autarca socialista,  Carlos Moedas tem a “competência” e a  “responsabilidade” de resolver o problema. “A cidade exige que o faça convenientemente”, considera, apontando que “já há três anos que se preocupa mais em fazer oposição à oposição do que em governar”.

O DN contactou o gabinete de Carlos Moedas, que respondeu às críticas do PS através do presidente da distrital do PSD, Ângelo Pereira.
Numa primeira fase, as palavras do também vereador social-democrata assumiram uma forma de crítica partidária: “O PS tornou-se um partido de guerrilha, ressentido, movido pelo desespero e totalmente desorientado. É um partido zangado com os lisboetas porque para o PS a cidade é deles.”
Assumindo que o executivo liderado por Carlos Moedas ainda tem “muito trabalho pela frente”, Ângelo Pereira sublinha que, “em apenas três anos”, os sociais-democratas demonstraram “que é possível fazer mais e melhor do que o PS fez em 14 anos”.

Especificamente no que diz respeito à higiene urbana, Ângelo Pereira sublinha que o executivo procura “mais e melhores respostas para os desafios. Já com o PS, os lisboetas perceberam que pouco ou nada podem contar. Ou melhor, na falta da iniciativa e capacidade política, tornou-se apenas um partido de protesto e de chicana. Nem o Bloco de Esquerda faria melhor. É cada vez mais difícil perceber qual a cópia e qual o original”, critica.

Fonte do gabinete de Carlos Moedas confirmou ao DN, sem revelar números anteriores,  que o executivo municipal investiu na área de higiene urbana mais de “36 milhões de euros em 2022” e ultrapassou “os 39 milhões de euros em 2023, valores que representam aumentos expressivos face aos do mandato anterior”.

Reconhecendo que “foram contratados mais recursos e o lixo, de facto, diminuiu um pouco”, Davide Amado conclui que “anteriormente as falhas eram pontuais”, mas “agora é pontualmente que existe uma recolha efetiva do lixo”.

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