PAN lança projeto para regulamentar inteligência artificial... escrito pelo ChatGPT
Partido de Inês Sousa Real aponta benefícios e riscos da inteligência artificial e recomenda criação de um grupo de trabalho com vista à regulamentação.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) deu esta quinta-feira entrada na Assembleia da República um projeto de resolução que "recomenda a criação de um grupo de trabalho com vista à regulamentação da Inteligência Artificial".
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O texto da exposição de motivos da iniciativa "foi inteiramente elaborado, com exceção de ajustes pontuais de linguagem, pelo ChatGPT (chat generative pre-trained transformer)", explicou, no documento, a deputada única do partido, Inês Sousa Real.
O ChatGPT, um "transformador pré-treinado gerador de conversas, é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI e especializado em diálogo".
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O PAN diz que a "inteligência artificial (IA) tem o potencial de trazer muitos benefícios para a sociedade, como melhorias na eficiência, segurança, saúde e bem-estar, entre outros", mas entende que "também existem alguns riscos associados à IA que precisam de ser abordados".
O partido aponta como benefícios "uma maior eficiência e produtividade", "deteção de fraudes, prevenção de crimes e segurança cibernética, tornando as pessoas e as organizações mais seguras", "descoberta de novos tratamentos médicos, diagnósticos precisos e cuidados personalizados" e melhoria da "qualidade de vida das pessoas, por exemplo, por meio de assistentes virtuais para pessoas com deficiência ou idosos".
Por outro lado, diz que há riscos como a possibilidade de a IA ser "programada com preconceitos inconscientes que podem perpetuar a discriminação e a desigualdade", violação da "privacidade das pessoas", "diminuição da capacidade de tomar decisões e resolver problemas de forma autónoma" e substituição de "trabalhos que anteriormente eram realizados por seres humanos, o que pode levar à perda de empregos".
"Em geral, é importante equilibrar os benefícios da IA com os riscos, para garantir que a tecnologia seja usada de forma responsável e ética. É necessário que os países legislem para regulamentar o ChatGPT e outras formas de inteligência artificial (IA). A IA tem o potencial de mudar fundamentalmente a maneira como as pessoas vivem e trabalham, mas é necessário acautelar os riscos significativos que apresenta", defende o PAN, que recorda que no seio da União Europeia tem-se trabalhado em regulamentações para inteligência artificial nos últimos anos.