Novo crime mantém na prisão ex-líder skinhead

Enquanto criava um partido"nacionalista", Mário Machado tentou extorquir, a partir da prisão, antigos cúmplices. Foi apanhado pela PJ.
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O ex-dirigente da Frente Nacional, um movimento de extrema-direita entretanto dissolvido, e fundador dos hammerskins, o grupo mais violento dos cabeças rapadas, vai ser acusado de extorsão, na forma tentada. Mário Machado cometeu o crime a partir da prisão e terá uma consequência direta: ao contrário do que esperava, já não deverá sair em liberdade condicional, por cumprimento de mais de dois terços da pena atual de sete anos, a que foi condenado em 2010.

O neonazi, que humilhou, espancou, torturou, quase até à morte, pessoas só porque eram negras - e ajustou contas com a justiça por estes crimes contra a Humanidade - está há cerca de um ano a promover a criação de um partido. A "Nova Ordem Social" (NOS), uma estrutura "nacionalista e patriótica". No entanto, a par da atividade política e mediaticamente dinâmica, Machado caiu de novo no crime de delito comum e as autoridades aproveitaram de imediato para o manter atrás das grades.

A investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), executada pela Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ), concluiu que o neonazi Mário Machado tinha tentado chantagear um antigo cúmplice e a mulher deste, a partir da prisão, ameaçando que denunciava as alegadas ligações deste ao tráfico de droga. O alvo foi Bruno Monteiro, condenado em 2007, com Mário Machado, na sequência de uma investigação da UNCT contra a extrema-direita. Monteiro esteve também envolvido no processo, pelo qual Machado está agora a cumprir pena, mas foi absolvido.

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