Miranda Sarmento desafia líder parlamentar do PS a pedir desculpa a deputados

Em causa está o facto de o líder parlamentar do PS ter dito que houve uma fuga seletiva de informação de documentos classificados, salientando que constitui um crime contra o interesse público e do Estado, "provavelmente" cometido por membros de um órgão de soberania.

O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, considerou esta quinta-feira que o líder da bancada socialista, Eurico Brilhante Dias, deve um pedido de desculpa aos deputados, assessores e funcionários da comissão de inquérito à TAP.

Miranda Sarmento falava após a reunião da bancada social-democrata e depois de o presidente da comissão parlamentar de inquérito à TAP, o socialista António Lacerda Sales, ter anunciado esta quinta-feira que no relatório sobre as fugas de informação de documentos da comissão parlamentar de inquérito, "ficou provada a ausência de responsabilidade de deputados, assessores e técnicos".

"Creio que é o momento de o líder parlamentar do PS, o deputado Eurico Brilhante Dias, dar finalmente os esclarecimentos de porque é que há algumas semanas lançou uma acusação muito grave sobre os outros grupos parlamentares e sobre os outros deputados que participam na comissão parlamentar de inquérito, de que teria partido da CPI a fuga de informação", salientou Miranda Sarmento.

O líder da bancada social-democrata salientou que "isso não é verdade" e considerou que Brilhante Dias "deve explicações e deve um pedido de desculpa a todos os deputados desta casa, a todos os assessores, a todos os funcionários, a todas as pessoas que trabalham de forma muito diligente, de todos os partidos, nesta CPI".

Em 28 de abril, numa conferência de imprensa na Assembleia da República, o líder parlamentar do PS exigiu consequências por ter havido uma fuga seletiva de informação de documentos classificados, salientando que constitui um crime contra o interesse público e do Estado, "provavelmente" cometido por membros de um órgão de soberania.

Na altura, Brilhante Dias considerou que estava em causa o apuramento da verdade nessa comissão de inquérito, "ao procurar construir-se uma narrativa com base em fugas seletivas de informação".

De acordo com o presidente do Grupo Parlamentar do PS, foi lesado o interesse público e do Estado com a divulgação de documentos classificados e para futuro, impõe-se que terá de haver maior vigilância em matéria de preservação da confidencialidade.

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