"TAP tem superado largamente os objetivos do plano de reestruturação"
O ministro das Finanças assegura que a TAP está a conseguir resultados positivos antecipando em "alguns anos" as metas definidas por Bruxelas.
As contas da TAP estão a ir no bom caminho. A garantia foi dada esta sexta-feira, 06, pelo ministro das Finanças que assegurou, no Parlamento, que a empresa pública antecipou as metas impostas pela Comissão Europeia no âmbito do plano de reestruturação de que está a ser alvo.
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"A empresa tem registado resultado mais positivos, bastante antes do tempo definido no plano de recuperação. Esta solidez permite melhores perspetivas relativamente ao que será o futuro da companhia aérea", afiançou Fernando Medina que está a ser ouvido esta tarde na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da indemnização paga à ex-administradora da TAP, no valor de 500 mil euros.
O governante garantiu a capacidade da TAP em ter aproveitado a forte recuperação turística no ano passado "será muito clara em relação aos resultados de 2022 que anteciparam, em alguns anos, o que está previsto [no documento assinado com Bruxelas]" e garantiu que o Estado concluiu, no final de dezembro, as injeções de capital previstas para transportadora, sendo a última de 980 milhões de euros.
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"O Estado cumpriu com a sua obrigação do ponto de vista de matéria financeira de forma adequada e atempada, na parte das responsabilidades públicas", adiantou.
A TAP recebeu, no final do ano passado, o último cheque de ajudas estatais que perfazem um total de 3,2 mil milhões de euros. A última injeção será paga em três prestações: a primeira, no valor de 294 milhões de euros, já foi transferida em dezembro; a segunda, no montante de 343 milhões de euros será paga no dia 20 de dezembro de 2023; e terceira, de igual quantia,s erá atribuída no dia 20 de dezembro de 2024.
Sobre os resultados anuais da companhia, também António Costa já tinha adiantado que estes seriam uma "boa notícia", fazendo antever que transportadora consiga um resultado positivo pela primeira vez em cinco anos. O plano de reestruturação tinha definido como meta que a TAP terminasse 2022 com prejuízos não superiores a 54 milhões de euros, tendo apenas projetado lucros para 2025.
O ministro das Finanças está esta sexta-feira a ser ouvido no Parlamento, no âmbito de um requerimento potestativo apresentado pelo PSD, depois de o PS ter travado, esta semana, as audições pedidas pela oposição no caso que envolve Alexandra Reis e a TAP.
Na passada quarta-feira, o PS chumbou os requerimentos do PSD, PCP, Bloco de Esquerda e Chega para ouvir na Assembleia da República além de Fernando Medina, o ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, a ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, o presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener.
(em atualização)
Rute Simão é jornalista do Dinheiro Vivo