Vieira da Silva: "Não há uma solução única" para a Habitação

Na edição deste ano do Summer CEmp, em Ponte da Barca, a ministra da Presidência apelou ainda aos consensos partidários para tomar "decisões conjuntas" em temas como a ferrovia ou o novo aeroporto.
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A ministra da Presidência apelou, esta sexta-feira, ao entendimento entre os diferentes partidos, de modo a encontrar soluções para o país. Incluindo na Habitação.

Em Ponte da Barca, Viana do Castelo, Mariana Vieira da Silva falou perante 40 jovens no Summer CEmp, a escola de verão da representação portuguesa da Comissão Europeia, e questionada sobre a crise na habitação, a número dois do Governo foi clara: "Não há uma solução única" para resolver os problemas no setor. Aquilo que se pode fazer, então, é reunir um conjunto de mecanismos para enfrentar a crise. "Durante muitos anos vamos ter o Programa Porta 65 em vigor", defendeu Vieira da Silva como exemplo de uma medida aplicável ao setor.

No mesmo dia em que António Costa, primeiro-ministro, enviou uma carta à Comissão Europeia com as prioridades do Governo para o próximo ano, onde foi defendida uma resposta comunitária ao problema da "escassez e dos altos custos da habitação", Mariana Vieira da Silva aproveitou ainda para referir que esta é "uma questão à escala mundial" e que "todos os instrumentos podem vir a ser necessários" para a combater.

Junto ao Castelo de Lindoso, onde foi feita a sessão de sunset desta sexta-feira, a ministra aproveitou ainda para deixar apelos ao consenso político, de modo a resolver outros problemas. Defendendo ser "a favor do debate político", Mariana Vieira da Silva disse, no entanto, que "há questões em que o país tem de chegar a acordos". "Tem de haver um momento em que precisamos tomar decisões conjuntas, como no caso do aeroporto ou os comboios de alta velocidade no país", defendeu.

"Há décadas que existe, em certos tópicos, um permanente colocar em causa das possíveis soluções", disse, considerando ainda que "não se pode demorar 50 anos a decidir a localização de um novo aeroporto".

"Existem temas que podemos e devemos debater politicamente, mas há outros em que se deve debater e decidir depois", atirou, deixando também palavras à Oposição: "Os partidos, quer sejam Governo ou não, têm de se sentir parte dessa responsabilidade de fazer parte da solução para problemas estruturais e comuns do país."

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