Mariana Vieira da Silva na quota de José Luís Carneiro para a Comissão Política Nacional do PS

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, foi integrada na quota de 35% de nomes para os órgãos nacionais do PS indicados por José Luís Carneiro, que foi derrotado por Pedro Nuno Santos na disputa da sucessão de António Costa como secretário-geral do partido. Isto apesar de a ministra, que é a segunda figura da orgânica do Governo, não ter apoiado publicamente nenhum dos candidatos.

Mariana Vieira da Silva é um dos nomes apontados por José Luís Carneiro para a Comissão Política Nacional do PS, ao lado do próprio ministro da Administração Interna, que obteve cerca de 37% dos votos nas eleições internas ganhas pelo ex-ministro das Infraestruturas. Junta-se ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva; ao líder do grupo parlamentar, Eurico Brilhante Dias; ao ministro das Finanças, Fernando Medina; e ao secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Caldas, que foi o coordenador da moção de Carneiro.

André Caldas foi também o nome indicado por José Luís Carneiro para colaborar com a equipa de Pedro Nuno Santos, liderada pela ex-ministra Alexandra Leitão, que vai elaborar o programa eleitoral com que o PS se apresenta às legislativas de 10 de março. E contará com a colaboração direta de Capoulas Santos, Carlos Zorrinho, Fernando Medina, José Leitão, Mariana Vieira da Silva e Vasco Franco.

Outros nomes para a Comissão Política Nacional incluídos na quota de 35% são os do ex-ministro Vieira da Silva, da ex-presidente do partido Maria de Belém, das deputadas Jamila Madeira (diretora de campanha de José Luís Carneiro), Maria Antónia Almeida Santos, Maria da Luz Rosinha e Susana Amador, do eurodeputado Carlos Zorrinho, das autarcas Inês de Medeiros (presidente da Câmara de Almada) e Célia Pessegueiro (presidente da Câmara de Ponta do Sol) e do deputado Rui Solheiro. Por seu lado, a também deputada Romualda Fernandes foi indicada para o Conselho de Jurisdição.

O Congresso do PS arranca nesta sexta-feira, com um discurso do secretário-geral cessante, António Costa, no início da noite, depois das intervenções de Pedro do Carmo, Marta Temido e Duarte Cordeiro, respetivamente presidentes da Comissão de Organização do Congresso, do PS-Lisboa e da Federação da Área Urbana de Lisboa.

No sabado, além do encerramento das votações para presidente do PS, estando assegurada a reeleição de Carlos César, para a Mesa do Congresso, para a Comissão de Verificação de Poderes e para a Comissão de Honra, serão apresentadas as moções políticas de orientação nacional,  com a votação da moção global e eleição dos órgãos nacionais reservada para a manhã de domingo.