Marcelo: "Cada qual fará o esforço para não estar doente"

Em sintonia com a diretora-geral da Saúde, o Presidente da República reconheceu que, embora essa ideia seja evidente, "às vezes as evidências têm de ser recordadas".
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Um dia depois de a diretora-geral da Saúde ter afirmado que "a pior coisa que nos pode acontecer é adoecer ou ter acidentes em agosto", o Presidente da República disse esta quinta-feira que "cada qual fará o esforço para não estar doente, por si mesmo, e para não pressionar o cuidado da saúde dos outros".

Em sintonia com Graça Freitas, Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que, embora essa ideia seja evidente, "às vezes as evidências têm de ser recordadas".

"Os nossos pais recordavam-nos isso quando éramos jovens, os nossos amigos também e os nossos professores. Portanto, os responsáveis políticos podem recordar evidências", afirmou, à margem de uma visita ao projeto "Primeira Pedra", em Lisboa.

O chefe de Estado considerou um começo de atitude positiva" e "muito importante" que os governantes percebam e reconheçam que "as coisas não estão bem" tal como fez o primeiro-ministro sobre a saúde.

"Uma coisa é certa: o senhor primeiro-ministro reconheceu que há problemas estruturais, graves, situações inaceitáveis. Eu acho que é muito importante quando os governantes percebem que as coisas não estão bem", sublinhou.

Apesar de assumir que "não é o suficiente", para o Presidente da República "é um começo de atitude positiva porque normalmente ou muitas vezes acontece que os governantes não veem a realidade".

"O povo vive de uma maneira e os que estão com maiores responsabilidades políticas não veem essa realidade toda. Se veem a realidade isso já é um bom começo de conversa", enfatizou.

Quanto ao impasse das negociações entre Governo e sindicatos, Marcelo Rebelo de Sousa espera que quanto a essa "pequena parte do problema" haja "maior sucesso" na próxima reunião.

"Como o Governo já admitiu, há coisas mais fundas e mais amplas e o próprio primeiro-ministro teve de admitir que há que alterar gestão, reestruturar, mudar em muitos aspetos e por aí passa também a resolução do problema mais amplo da saúde", avisou.

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