Maçonaria. Segunda volta nas eleições para a liderança
As eleições, sábado, para a liderança do Grande Oriente Lusitano - GOL, a mais antiga obediência maçónica em Portugal - ditaram a necessidade de uma segunda volta.
Nenhum dos três candidatos obteve maioria absoluta. O escrutínio determinou o afastamento do menos votado dos três candidatos, Luís Parreirão, ex-secretário de Estado da Administração Interna e das Obras Públicas (nos governos de António Guterres, tendo sempre Jorge Coelho como ministro).
Resultados não oficiais dizem que o candidato mais votado foi Fernando Cabecinha (um histórico da organização), com 565 votos. Cabecinha disputará a segunda volta - marcada para o próximo dia 20 - - com Carlos Vasconcelos (atual vice-grão mestre), tendo este obtido 536 votos.
Luís Parreirão - o último candidato a avançar - ficou mais distante, com 259 votos. Apresentou-se defendendo, por exemplo, a necessidade de todos os "irmãos" revelarem publica e voluntariamente a sua filiação maçónica.
"Sempre entendi que o maçom se deve assumir enquanto tal e sempre o fiz, incluindo quando, circunstancialmente, desempenhei funções públicas. Entendo mesmo, que quantos mais de entre nós o fizermos, mais prestigiada sairá a Maçonaria e maior respeitabilidade lhe será dada", considerou, num artigo publicado no Observador.
O que está em causa nesta eleição é escolher os corpos dirigentes do GOL para o próximo triénio (2021-2024), dando por encerrado o consulado do atual líder da organização.
Ao ser eleito em 2011 e estando agora a completar o seu terceiro mandato, o advogado e gestor Fernando Lima Valada tornou-se num dos mais duradouros grão-mestres na história do GOL.