O dirigente do Livre, Filipe Honório, defendeu este sábado que o país merece uma "esquerda responsável" que "não abdica de direitos humanos" em qualquer parte do mundo, e Isabel Mendes Lopes deixou até objetivos de uma governação à esquerda.."O país merece uma alternativa de esquerda verde europeia, uma esquerda que não desiste, que não tem que pedir licença para entrar nem pedir desculpas por ir à luta, uma esquerda responsável, pronta, que não abdica de direitos humanos seja em que parte do mundo for", defendeu..No XIII Congresso do Livre, que decorre hoje e domingo no Porto, o membro da direção Filipe Honório subiu ao púlpito para lembrar que o partido voltou ao auditório onde fez o seu congresso fundador, sob o lema "Fazer Pontes", em 2014..Nessa altura, disse, o partido já alertava que Portugal tinha o seu estado de direito "sob ataque" e que só se poderia "cumprir a promessa de desenvolvimento e progresso, democracia e direitos, quando se entender que os grandes debates públicos se fazem construindo maiorias dentro e fora de fronteiras".."Há 10 anos sabíamos que o estado social e de direito estavam sob ataque e apesar da forma hoje ser diferente esta ameaça volta a estar presente. Ela está presente numa extrema-direita bafienta e radical que não tem nada para oferecer a Portugal além de divisão social, incentivo ao ódio e ataques aos direitos humanos", alertou..Filipe Honório, do Grupo de Contacto (direção), elogiou Rui Tavares como um "extraordinário parlamentar" mas apontou que lhe falta algo.."Faltam camaradas ao seu lado para construir o primeiro grupo parlamentar do Livre e dar ainda mais força à esquerda verde europeia em Portugal", afirmou..Momentos depois, a 'número dois' por Lisboa às legislativas, Isabel Mendes Lopes, traçou objetivos para uma eventual futura governação à esquerda.."Os primeiros meses de governação terão que ser dedicados à reposição da justiça social em setores tão essenciais como a educação, saúde e a segurança. Os primeiros meses terão também que ser dedicados aos problemas da habitação", elencou a deputada municipal na capital. .Isabel Mendes Lopes disse ainda que o partido levará "para o acordo de governação a continuação da experiência da semana de quatro dias para que se torne norma em breve"..A continuação do apoio à Ucrânia, o reconhecimento do Estado da Palestina e a uma "Europa solidária" farão também "parte de um pacto de governação", assegurou a dirigente.