Líder do CDS responde a Mesquita Nunes e diz "não" a eleições no partido

No momento em que faz um ano de liderança, Francisco Rodrigues dos Santos é desafiado por Adolfo Mesquita Nunes para novas eleições internas. responde: "Não se convocam eleições no CDS por dá cá aquela palha".
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O líder centrista disse, em entrevista ao Observador, que toma "boa nota" da opinião de Adolfo Mesquita Nunes sobre eleições antecipadas para a liderança do partido, mas rejeitou que isso possa acontecer nesta altura.

Francisco Rodrigues dos Santos voltou a lembrar, como tinha feito em entrevista recente ao DN, que teve "bons resultados que cumpriram objetivos do CDS. Temos de redefinir o posicionamento do CDS dentro da geometria à direita". Isto depois de Mesquita Nunes ter escrito, em artigo de opinião publicado também no Observador, que "o CDS tem um problema de sobrevivência " e "não tem muito tempo para o resolver".

"A crise de sobrevivência que o CDS hoje atravessa não conseguirá ser resolvida com esta direção", defendeu, advertindo que "daqui a um ano será tarde demais", diz Mesquita Nunes. O que remete para os resultados de André Ventura nas eleições presidenciais e para a ameaça que isso constitui para o CDS.

O presidente centrista diz que a questão das eleições será analisada nos órgãos internos do partido. E lançou uma farpa ao antigo vice-presidente de Assunção Cristas, ao saudar o seu regresso à atividade interna, depois de ter largado a coordenação do programa eleitoral do partido e de o ter abandonado.

"Não se convocam eleições no CDS por dá cá aquela palha", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos. Frisou ainda que "não têm noção - ou se calhar têm - sobre o dano que estão a provocar ao partido" nesta altura. Garantiu também que não está disponível para se aproximar das "franjas mais radicais" porque quer manter "o partido profundamente moderado".

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