Líder da IL anuncia intenção de baixar dois euros por mês IUC

Rui Rocha acusou António Costa de querer omitir informações sobre a privatização da TAP e o Governo de deixar a saúde seguir "caminho do abismo".
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A Iniciativa Liberal vai propor uma redução de dois euros por mês, até a um máximo de 25 euros anual, do Imposto Único de Circulação (IUC), até que seja concretizada a sua extinção, anunciou hoje o seu líder.

"Proporemos não apenas a revogação do aumento do IUC para as viaturas anteriores a 2007, mas proporemos também a diminuição do IUC até a um máximo de 25 euros em cada ano até à extinção total. Sr. ministro [das Finanças], Fernando Medina, são só dois euros por mês nos próximos anos", revelou Rui Rocha, durante o 3.º Encontro Nacional de Núcleos do partido, no Porto.

Defendendo que o aumento do IUC previsto para as viaturas anteriores a 2007 na proposta de Orçamento do Estado para 2024 é "crueldade fiscal", Rui Rocha salientou que o partido não compactua com essa medida, reforçando que "as garantias de [Fernando] Medina valem muito pouco".

"Fernando Medina afirmou que eram só dois euros por mês, eram só dois euros a subida do IUC, sou sensível a esse argumento, de facto, são dois euros por mês, mas, sr. primeiro-ministro e sr. ministro das Finanças, se são apenas dois euros por mês para subir, também são apenas dois euros por mês para baixar", acrescentou.

Na terça-feira, em declarações aos jornalistas no parlamento, o presidente da IL anunciou que o partido iria propor no processo orçamental a revogação do aumento do Imposto Único de Circulação (IUC), dizendo também desconfiar das garantias do Ministério das Finanças de que haverá um limite de subida anual de 25 euros.

O líder da Iniciativa Liberal acusou o primeiro-ministro de ser incompetente e de querer "omitir mais uma vez informação essencial dos portugueses" relativamente à privatização da TAP.

"É incrível como António Costa, mesmo quando finalmente está a ir para o caminho certo, que é o caminho da privatização da TAP (...), pois mesmo aí, Antonio Costa é incompetente e tem de arcar com o veto do Presidente da República porque o documento que suportava a privatização não tem suficiente clareza e parece querer, mais uma vez, omitir informação essencial dos portugueses", afirmou Rui Rocha.

"No entender da IL, [o Presidente da República] fez bem", referiu Rui Rocha, defendendo que o documento não assegurava a transparência da alienação ou aquisição da TAP.

"É preciso que este processo seja transparente, que pelo menos em linhas gerais se conheça o caderno de encargos para que os portugueses possam ter uma avaliação sobre as negociações que vão ser mantidas com eventuais interessados da TAP", defendeu.

Rui Rocha defendeu ainda que a IL "não vai permitir" que o processo de privatização da TAP seja usado pelo PS para "enganar os portugueses".

"[O processo de privatização] não pode ser usado pelo PS para tentar enganar os portugueses, através de garantias excessivas que sejam dadas ao comprador, acabe por parecer que o resultado da venda é melhor do que aquele que na realidade vai ser, trazendo mais encargos para os portugueses", considerou.

Rui Rocha considerou "absolutamente inaceitável" que o Governo "deixe o país caminhar para o abismo", depois do aviso de que novembro poderá ser o pior mês dos últimos 44 anos do Serviço Nacional de Saúde.

Estamos em véspera de, dependendo de negociações que estão em curso, podermos ter o novembro mais dramático na área da saúde. Isto é absolutamente inaceitável", afirmou o líder da Iniciativa Liberal (IL).

Rui Rocha, defendeu que, independentemente do resultado das negociações entre o Governo e os sindicatos dos médicos, "é absolutamente inaceitável que o Governo deixe o país caminhar para o abismo".

Acusando o Governo de não tomar medidas, o líder da Iniciativa Liberal destacou que o primeiro-ministro, António Costa, "não chegou ao poder ontem, chegou ao poder há oito anos".

O líder da Iniciativa Liberal assegurou que o processo interno para a escolha do cabeça de lista às eleições europeias de 2024 ainda decorre, limitando-se a registar a "disponibilidade demonstrada" por João Cotrim de Figueiredo.

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