Joaquim Sarmento alerta para a "tenaz" da subida dos juros da habitação. "Governo não tem resposta robusta"

Líder parlamentar o PSD considerou em Pontal Delgada, Açores, que a "inflação é um problema muito sério" perante o qual o Governo não está a reagir. "Vamos viver algum tempo com a inflação acima de 2%", assegura.
Publicado a
Atualizado a

O presidente do grupo parlamentar social-democrata chamou esta quinta-feira a atenção para o efeito de "dupla tenaz" que os portugueses vão viver com a subida da inflação e das taxa de juro ao crédito da habitação, sem que o "governo tenha resposta robusta" para estes problemas. Num jantar conferência, em Ponta Delgada, Açores, Joaquim Miranda Sarmento frisou que "não é um problema de génese europeu" o que se passa em Portugal, ou seja, não haverá uma resposta articulada na UE para atenuar a subida das prestações.

Isto porque, explicou o deputado do PSD, na maioria dos restantes países europeus as taxas de juro são fixas nos créditos à habitação, ao contrário de Portugal em que 70% são de taxa variável e sujeitas à subida dos juros. Pelo que, disse, seria de esperar uma resposta do Governo para impedir que as famílias vejam o seu poder de comprar baixar ainda mais.

Num jantar, em que participou o líder do PSD/Açores e do governo regional, José Manuel Bolieiro, o líder parlamentar social-democrata reiterou as críticas "ao maior exercício de mistificação na política portuguesa" que o Governo fez com o "apoio inexistente" às pensões, tal como a da "ilusão" de que subirá os salários dos funcionários públicos (em 2%) quando vão perder 5 ou 6% de poder de compra.

"Até o prometido salário mínimo para 900 euros para manter o mesmo poder de compra teria de ser de mil euros", afirmou Joaquim Miranda Sarmento. Na sua opinião, "vamos viver algum tempo com inflação acima dos 2%".

O eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes ainda o questionou sobre os fundos europeus que o país tem para aplicar - 5 mil milhões do Portugal 2020; 23 milhões do Portugal 20-30 e os 13,9 milhões do PRR. "Este dinheiro todo não vai ainda servir para disfarçar incompetência socialista", afirmou, recordando os fracos níveis de crescimento do país.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt