Sobre a desinformação, o PAN defendeu a necessidade de investir em tecnologia, como a inteligência artificial, para "travar toda esta desinformação, muita dela criada pela extrema-direita". ."Tem de haver linhas vermelhas", disse Pedro Fidalgo Marques, referindo-se aos discursos de ódio..Para o candidato do Chega, "o que estamos a ver neste momento é que as minorias estão a tomar conta do discurso político e da narrativa social, e isso não podemos aceitar. Não podemos aceitar as ideologias de género, porque achamos que vai contra o direito das maiorias".."Respeitamos as minorias, desde que sejam minorias. As minorias a estarem a impor tudo às maiorias (...) isso é que não", disse Tânger Corrêa. .Para o candidato liberal, o problema da desinformação "é sério". "Devemos apostar no discurso aberto, no fact checking e na tecnologia", defendeu Cotrim Figueiredo, que avisa que não se deve correr o risco de limitar a expressão às pessoas..Já o candidato comunista considerou que a desinformação combate-se com "o aprofundar da democracia", rejeitando mecanismos de censura..João Oliveira criticou o Chega por tentar "condicionar a liberdade de expressão" com os discursos de ódio e discriminação. .A questão da defesa também esteve em debate. Portugal é um "país vulnerável", disse o candidato de Chega, Tânger Corrêa, que defendeu uma maior capacidade do país nesta questão, reativando, por exemplo, a indústria da Defesa nacional..Cabeça de lista da CDU defendeu que se deve dar prioridade à paz e não à corrida ao armamento. João Oliveira criticou as declarações de Gouveia e Melo, chefe de Estado-Maior da Armada, ao DN que, segundo disse o candidato, "apontou à nossa juventude um futuro de ir morrer sabe-se lá onde em nome das guerras da NATO" .."Recusamos esse caminho", disse João Oliveira. "Os votos dos deputados CDU servirão para combater esse caminho, de militarização da UE, da corrida ao armamento, servirão para garantir a paz na Ucrânia, na Palestina", disse o candidato comunista. ."Se fosses ucraniano como combatias?", questionou o cabeça de lista da IL. "Se queres a paz, prepara-te para a guerra", disse Cotrim Figueiredo, num momento quente do debate. .Candidato do PAN defendeu uma política integrada também nesta matéria da Defesa. ."Enquanto houver tiranos, imperialistas (...), o mundo democrático e livre tem a obrigação de se defender. Não sei se é isso que o PC quer, não sei se a sua amizade a Putin vai tão longe, não sei se a amizade dos amigos do Chega vai tão longe", afirmou Cotrim Figueiredo. "Não seja ofensivo", pediu o candidato da CDU.."Eu acredito tanto nos planos da Rússia para controlar a Europa como acreditei nas armas de destruição maciça do Iraque", disse João Oliveira, da CDU, defendendo uma solução de paz para a Ucrânia e a Palestina..Candidato do Chega assumiu o compromisso de não alinhar em políticas contra a Ucrânia. "Podem contar com o Chega para defender a Ucrânia", assegurou Tânger Corrêa. .João Cotrim Figueiredo, da IL, falou na necessidade de dar mais "oportunidades às pessoas" para que o seu saber seja colocado à disposição da União Europeia.."Somos contra o reforço das normas orçamentais controladas pela comissão" europeia, disse o candidato do Chega, rejeitando ser antieuropeísta. .Ainda sobre as regras orçamentais, o candidato do PAN defende "uma política de investimento" e não regras de austeridade..A competitividade da União Europeia, face a outros mercados, e o crescimento económico marca o arranque do debate a quatro para as europeias. "A Europa está a ficar para trás", avisou Cotrim Figueiredo, candidato da IL.."Deixámos de ter a paz assegurada, deixámos de ter as liberdades suficientemente asseguradas e deixámos de ser prósperos", lamentou o cabeça de lista liberal. .Já o candidato do Chega, António Tânger Corrêa, afirmou: "Não é por haver mais integração europeia que a Europa vai ser mais competitiva"..Cabeça de lista da CDU defende a criação de um programa de apoio aos setores produtivos nos países. CDU defende que sejam criadas "condições para que cada país possa encontrar as soluções mais adaptadas à sua circunstância para poder desenvolver a sua produção", disse João Oliveira, destacando a reindustrialização. .Pedro Fidalgo Marques, do PAN, falou na importância da "transição verde", destacando as energias renováveis e criticando os subsídios destinados à indústria dos combustíveis. "O caminho passa sempre por uma maior integração", sublinhou. .Começa agora o quatro debate televisivo sobre as eleições europeias, marcadas para 9 de junho. .João Oliveira (CDU), Pedro Fidalgo Marques (PAN), António Tânger Correia (CH) e João Cotrim de Figueiredo (IL) são os protagonistas deste debate a quatro transmitido na SIC e na SIC Notícias.