Costa: "Zelensky impressiona-nos. Pensávamos que Rússia ia vencer rapidamente"

Primeiro-ministro diz que caça F-16 de Portugal "estão todos alocados em missões da NATO" e que por isso não serão enviados à Ucrânia.

António Costa confessou esta quinta-feira, à chegada à cimeira do Conselho Europeu que se vai realizar em Bruxelas com a presença do presidente ucraniano, que Volodymyr Zelensky tem deixado toda a gente impressionada.

"O presidente Zelensky é uma personalidade que nos impressiona a todos, pela sua coragem e determinação. Todos pensávamos que esta guerra ia terminar rapidamente com uma vitória da Rússia", afirmou aos jornalistas.

O primeiro-ministro português diz que esta quinta-feira vai ficar marcada pela possibilidade de falar com o líder ucraniano "sobre a situação militar", para que a União Europeia fique a saber como pode "ajudar a combater este inimigo tão poderoso, que é a Rússia, e restaurar a paz".

Uma ajuda que está prevista é o envio de tanques Leopard no próximo mês, mas o mesmo não vai acontecer com os caças F-16. Costa diz que "não se tratam de linhas vermelhas". "Os nossos caças F-16 estão todos alocados em missões da NATO", salientou.

"Desde o princípio da guerra que temos procurado ajudar dentro das nossas possibilidades. Temos dado ajuda humanitária, de equipamento e militar. Há outro tipo de apoio, como formação e apoio técnico, apoios indiretos como fornecimento de 30 milhões de euros à Polónia para o acolhimento de refugiados", acrescentou, referindo que só a Ucrânia pode definir "os termos para a paz". "É o país agredido. Esta guerra não foi desencadeada pela Ucrânia, foi a Rússia", vincou.

O primeiro-ministro de Portugal diz que a guerra atravessa uma "fase decisiva" e que Zelensky vai transmitir aos líderes europeus "informações de que de outra forma não poderia fazer em total segurança". "É fundamental que não vençam aqueles que violam o direito internacional", atirou.

António Costa disse ainda que a "União Europeia está a preparar a adesão da Ucrânia". "É essencial que a Ucrânia preencha os requisitos e a UE preparar-se para acolher um país com a dimensão da Ucrânia. É preciso que esse seja um processo de sucesso. Não podemos frustrar as expectativas que foram criadas", concluiu.

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