Ainda sobre o direito do aborto na carta dos direitos fundamentais da UE, o candidato do PAN falou na necessidade de se garantir os direitos das mulheres europeias. ."Tem havido um discurso de ódio que não pode passar. Discurso de ódio mata", disse o candidato do PAN, Pedro Fidalgo Marques, referindo-se aos direitos das mulheres, mas também à necessidade de assegurar os direitos das minorias, como as pessoas LGBTQ..Catarina Martins, do BE, sobre o tema da corrupção disse: "A UE tem a grande maioria dos offshores do mundo, podia dar aqui um exemplo e um passo fundamental"..A candidata do BE aproveitou para falar do Tribunal Internacional de Justiça que exigiu, esta sexta-feira, que Israel pare com as operações em Rafah. "Como seria bom que houvesse alguma consistência quando se fala de valores", disse Catarina Martins, criticando o cinismo na UE no que diz respeito à ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza. .Voltando à corrupção, Marta Temido, do PS, destacou a necessidade de "transparência". Já o candidato do PAN lamentou os "interesses" em diversas matérias, como na questão da transição da neutralidade carbónica.."Somos contra a existência de regimes onde não haja transparência fiscal", declarou Sebastião Bugalho, da AD, ainda sobre o tema da corrupção, que fechou o debate a quatro. .Falou-se depois na consagração, na carta dos direitos fundamenitais da UE, do direito ao aborto. A interrupção voluntária da gravidez é um equilibrio entre dois direitos, porque todos reconhecemos o direito à vida", disse o candidato da AD.."Nesta equipa não haverá um retrocesso nos direitos das mulheres", assegurou Sebastião Bulgalho. ."O que está em causa, em última instância" é a vida das mulheres, argumentou a candidata do PS. "Aqui é a questão das mulheres morrerem mais ou morrerem menos", disse Marta Temido, defendendo o direito ao aborto na carta dos direitos fundamentais da UE. ."É muito importante que no espaço europeu haja segurança para as mulheres", sublinhou a candidata do BE. .Bugalho recordou a Catarina Martins que o primeiro-ministro disse que não iria reverter o direito ao aborto..Candidato do PAN disse que "temos que assegurar uma diretiva da saúde das mulheres na UE", garantindo que lhes seja dado o acesso à interrupção voluntária da gravidez. .Marta Temido, dirigindo-se a Catarina Martins, defendeu o novo pacote de regras em matéria de governação económica, falando numa maior flexibilidade, por exemplo. ."A flexibilidade não é dada aos países, mas à Comissão Europeia. Acho que ficámos bastante pior", disse a candidata do BE sobre as novas regras europeias ao nível da governação económica.."A virtude deste modelo permite a quem governa divergir" ligeiramente das novas regras de governação económica. ."Nunca a Comissão europeia teve tanto poder", disse Catarina Martins. "Nem no tempo da troika", acrescentou.."Não podemos voltar a ficar reféns do défice e da dívida", argumentou o candidato da PAN, rejeitando uma política de austeridade e destacando a necessidade de investimento, dando como exemplo a saúde e as energias renováveis. .Catarina Martins fez questão de registar que a direita tem tido uma narrativa de que "há uma extrema-direita boa e uma extrema-direita má".."As nossas linhas vermelhas são intransponíveis", assegurou o candidato da AD, Sebastião Bugalho, falando na defesa do Estado de direito, o respeito pela defesa do europeísmo e da Ucrânia..Marta Temido, cabeça de lista do PS, afirmou estar convicta de que Portugal vai cumprir as metas no âmbito do PRR e manifestou-se favorável para um alargamento do prazo para a execução do PRR, caso seja necessário. "O PRR não tem comparticipações pelo Orçamento de Estado", disse, rejeitando que uma crise política pode atrasar a execução dos fundos do PRR. .A execução dos fundos europeus cabe ao Governo, argumentou o candidato da AD. Sebastião Bugalho defendeu que se entrarmos numa situação em que a excecução do PRR no país pode beneficiar do alargamento do prazo de execução a sua posição é favorável.."Tenho toda a confiança de que o Governo português irá executar o PRR ao ponto de evitar qualquer constrangimento", disse o candidato da AD. ."Se for preciso alargamento do prazo, o BE lutará por isso", afirmou Catarina Martins, do BE..Pedro Fidalgo Marques, do PAN, disse que estará no parlamento europeua "a defender os interesses das pessoas, de Portugal". .Ainda sobre fundos europeus, o candidato do PAN destacou a necessidade de se apoiar a cultura. Afirmou que os financiamentos públicos para as touradas devem ser para a cultura. .Debate começa com a notícia de que António Costa foi esta sexta-feira ouvido, a seu pedido, pelo Ministério Público, não tendo sido constituído arguido. "É uma excelente notícia para começar a noite", disse Marta Temido, do PS, reiterando que o ex-primeiro-ministro é o melhor candidato para presidente do Conselho Europeu. ."Não estou aqui para fazer campanha pelo senhor António Costa, nem a favor nem contra", afirmou Sebastião Bugalho, da AD..A candidata do BE, Catarina Martins, lamentou que tenham sido necessários mais de seis meses para que o ex-primeiro-ministro fosse ouvido pela justiça, no âmbito da Operação Influencer. .Pedro Fidalgo Marques, do PAN, lamentou a falta de meios da justiça, sem se querer adiantar muito sobre o caso que envolve António Costa..O último debate a quatro, transmitido pela TVI/CNN, junta os cabeças de lista às eleições europeias Sebastião Bugalho (AD), Marta Temido (PS), Catarina Martins (BE) e Pedro Fidalgo Marques (PAN)..Recorde-se que os europeus vão a votos a 9 de junho.