Costa e Marcelo de braço dado a visitar obras do PRR

Marcelo diz que o Governo está a fazer uma "aposta muito grande" no PRR. Na próxima semana, o Executivo irá a Belém mostrar ao PR o ponto da situação na execução dos fundos.

O Presidente da República (PR) anunciou esta quarta-feira que, acompanhado do primeiro-ministro, irá no final deste mês e em meados de março visitar obras, em curso ou concluídas, que resultem da aplicação de fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). As visitas, disse ainda, serão feitas "para mostrar uma aposta muito grande na execução do PRR".

Falando com jornalistas, ontem, em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que "há dois anos ele [António Costa] veio apresentar o PRR com os vários membros do Governo que na altura eram responsáveis pelos fundos, e agora virá cá [na próxima semana] para mostrar o ponto da situação".

"A execução está a avançar em muitos aspetos, o senhor primeiro-ministro tem ido visitar várias obras, mas aquilo que está a ser feito de execução ainda é pouco, por causa desta tramitação administrativa. 2023 é o ano para acelerar essa execução."

Questionado sobre a notícia de que a Comissão Europeia desembolsou a segunda tranche de 1,8 mil milhões de euros do PRR de Portugal, o Presidente da República respondeu que "o que se espera é que continue e se acelere a utilização dos fundos europeus". "A execução está a avançar em muitos aspetos, o senhor primeiro-ministro tem ido visitar várias obras, mas aquilo que está a ser feito de execução ainda é pouco, por causa desta tramitação administrativa", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, insistindo que "2023 é o ano para acelerar essa execução".

Segundo acrescentou, o primeiro-ministro "já disse que tomou uma decisão muito importante, que é esta: não esperar pela decisão da Comissão Europeia do ano que vem sobre a prorrogação de prazos e desde já avançar com o que se puder avançar".

Ora "se isso significar custar mais do que custaria se se avançasse para o ano - como sabem, os custos de produção estão muito elevados ainda -, o Governo está na disponibilidade de recorrer aos empréstimos europeus a que tem direito. A ideia é ter uma taxa de execução alta, o mais alta possível dos fundos europeus. Parece-me bem", saudou.

Luís Montenegro, líder do PSD, comentou dizendo que "acompanha na plenitude" a "preocupação" do Presidente da República. "É verdade que o senhor Presidente da República, nós temos que o reconhecer, tem sido muito exigente e reincidente no aviso que tem feito ao Governo de que o PRR está a ser executado com muita lentidão e de que os efeitos destes muitos milhões de euros, são 18,2 mil milhões de euros, não estão a chegar à economia real", salientou o líder do PSD, no decorrer de uma visita a Gouveia.

joao.p.henriques@dn.pt

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