O Chega pretende ganhar um estatuto de parceiro do Partido Republicano dos Estados Unidos em Portugal, substituindo a ligação da força partidária norte-americana, que fez eleger Ronald Reagan, George Bush (pai e filho) e Donald Trump para a Casa Branca, com a direita tradicional portuguesa..Nesse sentido, o responsável pelas relações internacionais do partido fundado por André Ventura, Ricardo Regalla Dias Pinto, reuniu-se na passada sexta-feira com Ricardo Pita, o diretor de Relações Internacionais do senador republicano Ted Cruz, naquilo que o deputado português descreveu como “a abertura de um caminho para o fortalecimento da já excelente relação” entre os partidos..Na reunião com Ricardo Pita, um lusodescendente ligado ao senador eleito pelo Estado do Texas - e que disputou com Donald Trump as primárias para a nomeação republicana às Presidenciais de 2016 -, foram combinadas iniciativas conjuntas entre os dois partidos, que deverão realizar-se depois das eleições nos Estados Unidos. A 5 de novembro, além de os norte-americanos escolherem entre Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris como sucessores do democrata Joe Biden, estarão ainda em jogo todos os 435 lugares da Câmara dos Representantes e 34 dos 100 lugares do Senado, incluindo o do próprio Ted Cruz, empenhado em garantir o terceiro mandato consecutivo..“A nossa relação com o Partido Republicano não é de hoje. Vem crescendo ao longo de algum tempo”, disse ao DN o deputado, para quem a força partidária que representa a direita dos Estados Unidos é o “parceiro natural” do Chega. Nesse sentido, também está a ser preparado um evento com o empreendedor Vivek Ramaswany, que chegou a disputar as primárias para as Presidenciais de 2024, mas acabou por desistir e dar apoio a Donald Trump..De igual modo, outras figuras do Partido Republicano estiveram entre os convidados da Cimeira Mundial da Direita, evento que André Ventura anunciou vir a realizar-se em Lisboa a 13 e 14 de maio de 2023, mas acabou por ser cancelado. A justificação então dada, numa altura em que havia preparativos em curso no Centro de Congressos de Lisboa, foi o impedimento legal de o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro viajar para Portugal. Entre os políticos da direita norte-americana que deveriam participar estaria o também senador Marco Rubio, do Estado da Florida, que também disputou a nomeação republicana para as Presidenciais de 2016.