CDS-PP procura nomes para o “e se corre bem?”
Com o regresso do CDS-PP à Assembleia da República garantido ao assegurar o quarto lugar de Lisboa e o segundo do Porto nas listas da Aliança Democrática, a prioridade dos centristas é preparar um cenário em que três ou quatro deputados representarão o partido. E em que um ou mais dos eleitos transitem para um futuro governo.
A possibilidade de tal suceder a Nuno Melo (segundo da AD pelo círculo do Porto, só atrás do ex-bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães) e a Paulo Núncio, que é quarto da lista por Lisboa, leva a que o líder centrista esteja concentrado em arranjar candidatos não só para os 16.º lugares em Lisboa e no Porto como para os que serão atribuídos ao CDS-PP logo seguir. Isto porque o acordo de coligação prevê que as substituições ocorram entre candidatos apontados pelo mesmo partido.
Melo obteve mandato do Conselho Nacional para encontrar os restantes candidatos centristas em Lisboa e no Porto, únicos que não foram divulgados - ao contrário de si próprio, de Núncio e dos representantes nos outros círculos, todos em lugar não elegível. Os nomes vão ser anunciados nos próximos dias e, até agora, só é claro que o “núcleo duro” do último grupo parlamentar (Cecília Meireles, João Pinho de Almeida e Telmo Correia) não voltará a São Bento, mantendo as respetivas vidas profissionais, sem deixar de colaborar com o partido e a AD.
Outros ex-deputados, como Ana Rita Bessa (CEO da Leya) e Isabel Galriça Neto (diretora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz), também estarão fora de cogitação, sendo mais prováveis os vice-presidentes centristas Maria Luísa Aldim (Lisboa) e Álvaro Castello Branco (Porto), o secretário-geral Pedro Morais Leitão (Lisboa) e a vereadora portuense Catarina Araújo.