"Insinuações torpes e falsas". CDS exige que Costa e Ana Gomes peçam desculpa

Nuno Melo considera que a conduta de Costa e de Ana Gomes representam "o pior da política". Em causa as "falsidades e insinuações torpes" apontadas a Paulo Núncio, ex secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do Governo ​​​​​​​PSD/CDS sobre o "apagão fiscal".
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"O CDS exige do primeiro-ministro e da Dr.ª Ana Gomes um pedido de desculpas pelas acusações e insinuações que fizeram ao Dr. Paulo Núncio e ao anterior Governo PSD/CDS-PP sobre falha no sistema informático da AT nas transferências para paraísos fiscais".

Nuno Melo, presidente do CDS e eurodeputado, recorda que durante 6 anos Paulo Núncio "foi alvo de insinuações torpes e falsas promovidas pelo atual primeiro-ministro António Costa, dentro e fora do Parlamento, e pela ex eurodeputada Ana Gomes, que pretendiam imputar ao Dr. Paulo Núncio e ao Governo de que fez parte responsabilidades pelos problemas no sistema informático da Autoridade Tributária a propósito do controle das transferências para paraísos fiscais" e que as "insinuações continuaram a ser feitas mesmo depois da elaboração do relatório da IGF, logo em 2017, ter ilibado totalmente o Dr. Paulo Núncio de qualquer responsabilidade nos referidos problemas informáticos".

Para o CDS, o que António Costa e Ana Gomes fizeram representa "o pior da política e deve ser objeto da maior censura".

"Quem assim se comporta, instrumentalizando a justiça com falsidades e insinuações torpes, para puro aproveitamento partidário, contribui gravemente para o descrédito das instituições democráticas", afirma Nuno Melo.

O Departamento de Investigação e Ação Penal , que arquivou o caso por não ter encontrado qualquer prova de sabotagem informática, concluiu que o erro no processamento no processamento das declarações bancárias sobre transferências para offshores realizadas entre 2011 e 2014 de deveu a uma "falha informática sem intervenção humana".

Dos 18.200 milhões movimentados, nesse período, 10 mil milhões não ficaram registados "não foram objeto de qualquer tratamento pela Autoridade Tributária", o que levou o então secretário de Estado Rocha Andrade a pedir uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças.

"Tal como a IGF há 6 anos, o Ministério Público foi agora absolutamente claro: houve uma falha nos sistemas informáticos da AT, sem qualquer intervenção humana, ilibando totalmente o Dr. Paulo Núncio de quaisquer responsabilidades no sucedido", sublinha o líder do CDS.

E para que não restem dúvidas, Nuno Melo sublinha que este arquivamento surge depois de o MP "ter ouvido os inspetores da IGF, os professores do Instituto Superior Técnico que fizeram a peritagem independente ao sistema informático, os responsáveis da AT e o próprio administrador da empresa que forneceu a tecnologia usada pela AT".

A conclusão para o líder centrista só pode ser uma: Costa e Ana Gomes devem pedir desculpa "pelas acusações e insinuações torpes e falsas que fizeram a Paulo Núncio e ao anterior Governo PSD/CDS-PP".

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