Governante escreveu uma carta a pedir desculpas.
Governante escreveu uma carta a pedir desculpas.

Secretário do Turismo da Madeira pede desculpa por ter usado expressões como "gaja" ou "burra do c..."

Depois de ter sido acusado por duas deputadas do PS por "insultos" e "ofensas" e dos protestos da oposição, Eduardo Jesus pediu esta quinta desculpas pelas palavras proferidas no debate orçamental.
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Expressões como “esta gaja, esta gaja” ou “bardamerda” ou “burra do c...” dirigidas a duas deputadas do Partido Socialista (PS) durante o debate orçamental no Parlamento da Madeira, no dia 17, terça-feira, motivaram um protesto formal por parte desta força política e do JPP regional, onde exigiam também um pedido de desculpa ou a sua demissão. E, esta quinta-feira, 19 de junho, o secretário regional do Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, apresentou mesmo um pedido de desculpas formal em carta enviada à presidente da Assembleia Legislativa da região, Rubina Leal.

Na mesma carta, Eduardo Jesus explica: "Em circunstância alguma quis ofender as senhoras e senhores deputados ou a instituição e que os meus apartes resultaram da tensão da entusiasmada discussão que normalmente decorrem no ambiente parlamentar."

Governante escreveu uma carta a pedir desculpas.
"Gaja" e "burra do c...". Deputadas do PS Madeira acusam secretário regional do Turismo de ofensas

Segundo noticiou o DN, o governante usou esta linguagem como crítica às perguntas efetuadas pelas deputadas e justificou-a inicialmente, numa mensagem a que o DN teve acesso, como fazendo parte do “ambiente parlamentar” que “tem características próprias".

"São adjetivos que nós com muita regularidade utilizamos e que o léxico popular utiliza.", acrescentando que "é por isso que os deputados no seio do Parlamento têm uma proteção própria, para evitar que cada vez que façam um aparte sejam chamados por injúria ou por ofensas, senão a Justiça não tinha mãos a medir".

A situação foi captada pelas câmaras da RTP-Madeira e criticada por todos os partidos da oposição, que consideraram tais expressões como "insulto", "inqualificáveis" e "lamentáveis". O líder parlamentar do JPP, Élvio Jesus, considerou mesmo que tal conduta deveria ter “consequências políticas”. Os deputados do Chega e da IL defenderam a apresentação de um pedido de desculpas pelo "comportamento extremamente infeliz" do secretário regional.

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