Marcelo Rebelo de Sousa teve uma paragem digestiva nesta segunda-feira.
Foto: Filipe Amorim / Lusa

Marcelo "acordado e bem disposto" após cirurgia que "correu bem"

Chefe de Estado sentiu indisposição quando regressava das cerimónias fúnebres de António Mota, em Amarante. Presidente do Hospital de São João prevê pelo menos dois dias de internamento.
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A cirurgia à hérnia encarcerada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, terminou ao fim de cerca de uma hora Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado deu entrada esta segunda-feira, 1 de dezembro, à tarde, depois de se ter sentido indisposto.

Segundo nota da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa ao final da noite já estava "acordado e bem disposto". "A cirurgia correu bem, não houve complicações. Foi uma cirurgia atempada e foi importante ter sido agora", confirmou logo depois a presidente do Hospital de São João, Maria João Baptista, em conferência de imprensa à porta desta unidade hospitalar.

Marcelo "vai manter-se aqui no hospital o tempo que for necessário". A recuperação depende de pessoa para pessoa, afirmou a especialista, pelo que "vamos ver como ele amanhã de manhã estará".

"Estamos a falar previsivelmente em dois dias de internamento"; arriscou dizer.

Agora, "vai ter de repousar, o intestino voltar a funcionar"; acrescentou a cirurgiã que operou o Presidente da República, Elisabele Barbosa. acrescentando que Marcelo vai ter de "reduzir um pouco a sua atividade" mesmo depois da recuperação.

O Presidente da República mantém-se em funções, não havendo necessidade de ser substituído nos seus deveres constitucionais pelo presidente da Assembleia da República, assegurou o chefe da Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo.

A segunda operação em sete anos

Marcelo Rebelo de Sousa submeteu-se a uma TAC abdominal logo após a entrada no hospital e, ao que o DN apurou, foi-lhe diagnosticada uma hérnia encarcerada pelo que a equipa clínica decidiu que o Presidente teria de ser submetido a cirurgia logo de "urgência", segundo fonte oficial do Hospital de São João.

Em declarações à imprensa, a diretora do Hospital de São João afirmou posteriormente que o Presidente da República estava, pelas 22h00 a "entrar em bloco" e que era expectável que ficasse internado "nos próximos dias":

O Preside tem um histórico prévio deste tipo de cirurgias, tendo sido operado a uma hérnia umbilical -- que também se encontrava encarcerada -- em dezembro de 2018, no Hospital Curry Cabral.

O Presidente encontrava-se "bem disposto, lúcido e colaborante" antes de entrar para o bloco, assegurou aos jornalistas a administradora do Hospital de São João, que acrescentou ainda que a operação terá uma duração prevista de hora e meia.

"Paragem de digestão" foi primeiro diagnóstico

Inicialmente, fonte oficial da Presidência da República deu apenas conta que Marcelo Rebelo de Sousa tinha sofrido uma "paragem de digestão" quando regressava de Amarante, onde se deslocou para as cerimónias fúnebres do empresário António Mota.

Segundo uma nota publicada no site da Presidencia da República, os médicos de Marcelo Rebelo de Sousa entenderam que, antes da viagem de regresso a Lisboa, seria melhor fazer exames médicos, que estarão a ser realizados neste momento.

Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se para o Norte, de modo a participar nas exéquias do antigo presidente da Mota-Engil, que morreu neste domingo, aos 71 anos. Dirigiu-se à Igreja de São Gonçalo, em Amarante, onde foi realizada missa por António Mota, às 15h00, de onde os restos mortais do empresário seguiram para o jazigo familiar, no cemitério de Amarante.

Pela manhã, o Presidente da República, que está a 11 dias de celebrar o 77.º aniversário, estivera na Praça dos Restauradores, em Lisboa, nas cerimónias comemorativas do 1.º de Dezembro, promovidas pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal e pela Câmara de Lisboa.

A Presidência da República dará mais informações quando houver resultados desses exames.

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