Na habitual reentrée política do PSD, Luís Montenegro levou propostas que considera serem importantes para o Algarve e país. A proximidade com Cristóvão Norte, deputado no Parlamento, e candidato à presidência de Faro, é decisiva, apurou o DN, para certas medidas. A sensibilização que o político tem feito em prol da região moldou alguns dos investimentos que o Estado pretende capitalizar, tendo estado, nos últimos dias, em reuniões com o candidato e membro importante da bancada parlamentar do PSD. O primeiro-ministro aproveitou a ocasião, na Festa do Pontal, para reiterar esses mesmos compromissos junto ao candidato apoiado por PSD, CDS-PP, IL, PAN e MPT.Na Festa do Pontal, Montenegro anunciou que o governo irá lançar em outubro o "concurso internacional para a construção do Hospital Central do Algarve em regime de parceria público-privada (PPP) para que o início arranque em 2027 e para que possa iniciar em funções em 2030, num investimento de 800 milhões de euros."Prometeu “financiamento para as barragens de Alportel e da Foupana”, tanto apostando em usos recreativos como fundamentais à irrigação e combate a incêndios. Voltou a um tema que divide os algarvios, a Ria Formosa, prometendo a “criação de uma entidade de gestão integrada, o que se pode pressupor que tenha a intenção de promover a reabilitação e, eventualmente, canalizar esforços para novas habitações. A ideia pode ser polémica por impactar, decisivamente, espécies e o ambiente, o que tem, recorrentemente, levado a estudos de impacto ambiental e dificuldade em conseguir fazer construções a larga escala.Para a visibilidade algarvia e do país, Portimão é central. Como tal, Luís Montenegro diz que "os grandes eventos" contribuem para a "promoção do país" e promete: "Assegurámos a realização do MotoGP, a prova mãe do motociclismo, a nível mundial para 2025 e 2026, e estou em condições de vos dizer que temos tudo pronto para formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve no próximo ano de 2027". Se o Mundial de motociclismo é presença regular em Portugal pela falta de interessados em muitos outros mercados, a presença dos países de Médio Oriente na Fórmula 1 e o elevado investimento vindo do dinheiro do petróleo condiciona a aposta. Os circuitos europeus, muitos deles já em dificuldade para angariar lugar no Mundial, exigem pelo menos 21 milhões de euros de investimento de acordo com o que era estimado em 2022. Esse número, face ao mediatismo da Fórmula 1, galvanizada pela Netflix, pode ter crescido exponencialmente."Estes eventos implicam algum esforço financeiro por parte do Governo, mas têm um retorno, quer financeiro direto, quer indireto de promoção, que valem sinceramente a pena”, afirmou Montenegro. .PSD: Cristóvão Norte assume estar "desiludido" com Rio e defende ser "hora de clarificação" .Montenegro compara fogos a guerra e anuncia regresso da Fórmula 1 e hospital e duas barragens para o Algarve